Matérias e Depoimentos

A Terapia Floral ainda é uma área nova, não tem nem um século de existência. Mas, muito já se tem pesquisado, documentado em livros, artigos científicos, sites e matérias na mídia em geral.Segue abaixo algumas depoimentos e matérias nesses últimos 20 anos atuando na área. Não são muitas mas, todas foram muito bem-vindas no seu tempo e foram muito divertidas de fazer.

A Via Crucis do Processo Terapêutico

Simbolicamente, a Via Crucis nada mais é o que um caminho de transformação interior, buscando compreensão, perdão e renovação. O terapeuta floral é aquele que nos conduz nesse percurso e lança mão dos florais para facilitar nossa jornada.

Quando me trouxeram esse tema “A Via Crucis do processo terapêutico” para um breve texto pensei em muitas coisas. “Será que o processo terapêutico é uma Via Crucis? Todos os processos? Será a Via Crucis que nos leva ao processo terapêutico? Ou seriam as duas coisas?

Longe de ser uma intenção ter uma resposta concreta sobre isso, a ideia é refletirmos juntos, sem abordar religiões, conversando sobre o caráter metafórico, tentando traçar paralelos simbólicos sobre o tema e citando alguns florais que podem ter relação com esse pensamentos.

Uma jornada de sofrimento e renascimento

A Via Crucis foi um caminho de muitas etapas (estações) percorrido por Jesus Cristo para culminar, no entendimento de alguns, na sua crucificação. Foi um caminho cheio de dramas, dores, feridas e flagelos impingidos sobre Ele e realizados por outras pessoas durante o percurso dessa via, como se não bastasse já estar sentenciado e ainda levar o peso da sua própria cruz, até chegar ao que parecia ser o fim, a morte. Mas, o que nem todos lembram ou associam de imediato à Via Crucis, é que três dias após a crucificação veio a ressurreição e esta, a princípio, torna esse ciclo completo. E isso modifica muito o entendimento de todo o processo.

Assim, a Via Crucis abarca uma sentença, as dores, feridas e flagelos no caminho para a morte e a ressurreição. Traçando alguns paralelos simbólicos, quantas vezes ficamos impactados por uma vivência difícil e nos imputamos uma qualidade ou característica negativa? Podemos nos achar incapazes, culpados, fracassados, incompetentes e assim nos “sentenciamos” a condições de muito sofrimento, limites ou paralisações. Sim, muitas vezes somos nós mesmos os mais cruéis no autojulgamento, como se um juíz em nós decretasse a sentença.

E como chegamos a tal lugar?

Se atingimos essa situação tão difícil, provavelmente é porque não achamos recursos conscientes pra lidar melhor com a situação, e isso pode acontecer por várias razões. Podemos estar “presos” numa idealização de como deveríamos ser ou performar; fantasias que deveríamos ter uma atividade profissional específica, sucesso e posição social. Ou ainda resistência em entrar na vida adulta, amadurecer, envelhecer, relacionar, etc. Fora as violências, traumas, perdas e crises por eventos coletivos como a pandemia e eventos climáticos que por si só já são dramáticos, mas também podem tocar em questões individuais e coletivas ainda não trabalhadas.

A maioria de nós só começa um processo terapêutico, ou retorna a ele, quando chega em alguns destes limites de dores, doenças ou perdas de várias ordens. Iniciar um processo terapêutico não é garantia de melhora imediata e um dos sentidos do processo é fortalecer e flexibilizar a consciência para que ela lide com mais desenvoltura e adaptação às vivências.

Mas, por algum tempo, o processo pode não ser fácil e não deixa de ser um outro tipo de Via Crucis. Porém, quando estamos apoiados e seguros numa relação terapêutica temos menos resistências para encararmos as situações e podemos enxergar outras perspectivas internas e externas, colaborando com a integração e ressignificação do que nos aconteceu. E de fato como nos ensina Jung, importa mais como nos posicionamos diante dos acontecimentos e menos os acontecimentos em si.

A porta de saída

Se nos deixarmos fixar na ideia de que são os outros ou a vida e seus acontecimentos que nos fragilizam e tornam as nossas dores e dificuldades (cruzes) ainda mais pesadas e impossíveis de lidar, então estaremos nos deixando permanecer apenas na Via Crucis e não no autoconhecimento que permite a transformação (crucificação) acontecer e ressignificar (ressureição) daquilo que vivíamos como um sofrimento. As dores e conflitos abrem a oportunidade de crescimento e desenvolvimento para uma nova realidade. Nos responsabilizarmos por como vemos e lidamos com a vida e com as nossas características para deixarmos “morrer” algumas formas e renascermos em condições diferentes. Então os paralelos simbólicos são pra lá de úteis e interessantes.

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O papel da terapia floral

Aproximando com a terapia floral, mais especificamente os florais de Bach, preciso ressaltar que os florais citados aqui são pensados de maneira muito generalista, pois estou relacionado florais a um processo simbólico dentro de um texto e não para uma pessoa com toda a sua natureza e personalidade. Sabemos muito bem que florais não são para condições ou doenças, e sim para como cada um vive essas condições. A subjetividade é que determina o floral e não o acontecimento.

Quando no inicio do texto me referi a acontecimentos que nos impactam e nos desestabilizam, penso imediatamente em Five Flower Remedy, pela indeterminação de qual núcleo ou característica o impacto tocou em nós e o quanto esta essência pode nos ajudar a ficarmos calmos, presentes e conscientes do que e como estamos vivenciando o acontecimento.

Nas quatro fases consideradas aqui para a Via Crucis, associo muito Pine ao momento da sentença, seja pelo julgamento do outro sobre nós ou do próprio “juíz interno”, seja pelo núcleo de dor ou de fragilidade que foi tocado quando não respondemos ao acontecido como gostaríamos. Quando aceitamos a sentença negativa é muito comum a sensação de culpa, inadequação, remorso, menos valia e não merecimento. Pine trabalha pela via positiva da autoaceitação e do perdão, estimulando o indivíduo a seguir na evolução dos acontecimentos ao invés de paralisar nas emoções negativas, trazendo consciência e responsabilidade para uma melhor resposta.

Para os sofrimentos, dores e sensações de limites emocionais podemos pensar em muitos como Gentian, que trabalha a persistência apesar das frustrações e o acreditar no bom desfecho e Gorse, que trabalha a não desistência apesar do momento de grande escuridão, trazendo uma profunda esperança e fé através de insights luminosos de mudança, podendo promover um amplo reajustamento na psique, o que alguns chamam de “cura”. Mimulus que encoraja e traz força moral para continuar o processo; Larch para quando as dores são tão grandes que achamos que não temos capacidade para lidar com elas e também Chestnut Bud, para que os aprendizados sejam absorvidos e não precisemos repetir situações que continuem a nos machucar, as vezes reforçando num círculo vicioso. Por fim, relaciono mais duas essências: Star of Bethlehem para quando o processo de transformação é muito profundo e doloroso, trazendo calma e nos tranquilizando diante de situações traumáticas e talvez a essência mais importante para todo processo de grandes transformações, o Sweet Chestnut, que nos conforta diante do desespero e profunda angústia. Como dizem Richard Katz e Patrícia Kaminski no seu livro de Repertório das essências florais:

É exatamente dessa forma que a cura transformacional se torna possível, pois quando a alma é estendida até seus limites ela também se torna transcendente. Ela ajuda a alma a se entregar e a abrir-se a uma nova identidade espiritual. (KAMINSKI, KATZ, 1997, p. 353)

Dentro desta visão simbólica, o processo terapêutico – a Via Crucis, nos convida ao autoconhecimento através das transformações e ressignificações e a nos tornarmos mais a nós mesmos num percurso com mais significado. A própria Via Sacra, o caminho do sagrado.

Referências:
KAMINSKI, Patrícia; KATZ, Richard. Repertório das Essências Florais. Um Guia Abrangente das Essências Florais Norte Americanas e Inglesas, para o Bem-estar Emocional e Espiritual. São Paulo: Triom,1997.

Site: Healing

O Que as Coincidências Querem te Contar - site YAM

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Aprender a interpretar as sincronicidades traz mais compreensão de si, do seu inconsciente e dos sinais que a vida dá.

Já fazia algum tempo que João Renato vinha tratando na terapia os resquícios de uma antiga relação, que ainda o mantinha ligado à ex-esposa. Há muitos anos eles não se viam e nem se falavam.

De férias, fez uma viagem e passou pelo lugar onde se conheceram e começaram a namorar. Minutos depois, recebe uma mensagem no celular da ex-mulher, acertando contas com o passado. O que fez com que esse acaso acontecesse?

Em diversos momentos da vida, as sincronicidades parecem acontecer para todas as pessoas, causando espanto, trazendo respostas, servindo como gatilho para mudanças e curas, além de trazer à tona emoções e sentimentos.

No livro Diário das Coincidências (ed. Alfaguara), o autor João Anzanello Carrascoza escreve 36 contos em homenagem a diversas situações, em que esses eventos lhe impactaram fortemente, aguçando a essa percepção de que são momentos que a lógica não dá conta de explicar.

Tudo está naturalmente conectado
Carl Gustav Jung (1875-1961), fundador da Psicologia Analítica, estudou a fundo esse tema na obra Sincronicidade (ed. Vozes) e concluiu que há um padrão simbólico capaz de ativar encontros significativos.“Ele denominou esses momentos de ‘atos criativos no tempo’ e estudou uma dimensão arquetípica denominada Unus Mundus. Um nome belo, que revela a profunda dimensão onde tudo está conectado e reage a campos de energia, um grande ecossistema: do nível mineral ao psicoespiritual.
Desse nível arquetípico, se origina o princípio de sincronicidade, momento único que nos provoca insights e revelações”, explica Elisabete Sofia Lepera, psicoterapeuta junguiana e autora do livro Sincronicidade: O Tempo de Kairós na Psicoterapia (ed. Vetor).Uma das singularidades desses acontecimentos mora no fato de não poder ser apreendido pela consciência, pois não tem uma explicação lógica, tangível, racional.“Para a ciência tradicional (antes da quântica), tudo tem causa e efeito. Porém, percebemos que muitos fenômenos e coincidências significativas não se encaixam nessas leis”, avalia Ana Roxo, filósofa, terapeuta junguiana e terapeuta floral.“A sincronicidade, por ser acausal, atemporal e aespacial, rompe com as categorias da consciência e se realiza através do inconsciente, onde espaço e tempo são relativos e não lógicos ou absolutos”, complementa.

A sincronicidade conecta o mundo de fora e o de dentro
Justamente por ser inconsciente, muitas vezes, as coincidências são difíceis de ser entendidas no momento em que ocorrem. Porém, quem está atento ao seu mundo interno tem mais chances de compreender o significado daquelas ocorrências e o caminho ou as respostas que elas querem trazer para a vida de cada um.

“As realidades interna e externa se entrelaçam continuamente. Uma é causa e consequência da outra. Quanto mais separados nos sentimos da realidade interna, mais fechados estaremos para perceber as mensagens sutis que ela nos envia”, avalia Bel Cesar, psicóloga do budismo tibetano.

As sincronicidades chamam para uma realidade sutil
Ainda de acordo com Bel, também perdemos a capacidade de perceber esse entrelaçamento quando vivemos desconectados uns dos outros, impulsionados por atitudes ego-centradas, sem entender que somos parte de um todo. “Isso faz com que vejamos o mundo e as pessoas como separados de nós. E as excessivas intelectualizações atrapalham a identificar e interpretar as sincronicidades, pois ficamos mais distantes da realidade sutil.”

Segundo Ana, as artes, a mitologia, as fábulas, a meditação e a ioga são algumas das atividades que ajudam a sair da visão excessivamente concreta e lógica e nos aproximam dessa percepção mais sensível do mundo.

“Se dermos importância às sincronicidades, à vida simbólica que a nossa psique nos mune, provavelmente seremos indivíduos mais equilibrados para alcançar a nossa singularidade, que é a realização máxima das nossas potencialidades”, observa.

Meditação para reconhecer as sincronicidades
A psicoterapeuta junguiana Elisabete Sofia Lepera explica que para perceber as sincronicidades é preciso se conectar com a intuição e fazer perguntas à própria vida em busca de revelações. Um caminho indicado por ela é colocar em prática a seguinte meditação:

Sinta seu coração, respire fundo e faça perguntas ao deus Kairós – o deus do instante que precisamos agarrar porque passa muito rápido – sobre os temas que está vivendo.
Observe as imagens e sentimentos que surgem. Sinta o deus Kairós soprando sementes de possibilidades.
Observe que tudo tem seu tempo; sinta-se aberto no agora, sem julgar.
Observe a estação da alma que você está e a conexão com tudo a sua volta. Nessa abertura intuitiva, veja as sincronicidades.
Assim, se abrimos um canal de escuta com o mundo e aceitamos que a vida é um emaranhado de situações sutis, onde tudo está interligado, podemos perceber que as coincidências são, afinal, uma ferramenta valiosa para interpretações mais sensíveis da realidade.

Colocar reparo nessas sincronicidades pode abrir um caminho que, a princípio, parece ser da ordem do mágico ou irreal. Mas, aos poucos, tudo se torna apenas o jeito natural de ler as mensagens da vida.

Site: YAM

Criança Interior, Jung e Florais

Matéria para o site Costurando Memórias

Se existe algo muito bem “costurado” são as vivências e memórias da infância e a relação com e entre a família. Muitas famílias unem seus retalhos familiares com costuras suaves, pontos cheios de harmonia, verdadeiros bordados. Outras têm pontos mais característicos, rococós cheios de originalidade mostrando toda a liberdade de ser. E tantas outras acabam por tencionam muito os pontos, forçando demais a retidão da costura e perdem o equilíbrio do todo. E assim, vamos construindo nossas memórias na união de tantos retalhos familiares.

E é lá, quando a família vai costurando os retalhos da nossa 1a. infância que vamos construindo o “entendimento” que temos de nós e nossas atitudes, a partir das impressões que captamos do meio familiar. A criança que fomos e a qualidade da infância que as crianças têm, é o que vão formar o que chamamos de criança interior.

Muito basicamente, a criança interior é uma instância psíquica que se estabelece na infância e tem por característica fundamental estar em totalidade consigo própria, sem cisão com nenhum estado interior e portanto, a criança nessa etapa não tem problemas em si mesma. Ela representa a nossa mais profunda essência, a nossa natureza mais original em harmonia com o seu próprio ser. Neste estado, a criança não tem entendimento complexo e é inundada pela percepção da atmosfera do ambiente familiar / social, mas principalmente dos pais. E a mais importante herança que os pais podem deixar para os filhos, é uma criação liberta das crenças familiares negativas ou restritivas, aquelas que tentam impedir o melhor desenvolvimento da essência da criança. Essa herança só é transmitida por pais que buscam resolver as suas questões individuais como adultos conscientes e responsáveis por si mesmos. E tudo isso é um grande processo!

A criança interior vai influenciar profundamente toda a nossa vida através das nossa atitudes, sentimentos e comportamentos. A Psicologia Analítica Junguiana tem na criança interior um dos pilares que contribuem para a formação da personalidade. E para Carl G. Jung, pai dessa psicologia, esse é um tema longo e profundo. Justamente por isso, vamos abordar esse tema aos poucos mas, já dá pra perceber a importância da infância, do cuidado amoroso, do acolhimento e da atenção à formação nos primeiros anos. E é claro, da importância deste projeto! Esclarecer, trocar e co-criar espaços e dinâmicas familiares mais edificantes, harmoniosas e que nos levem ao crescimento consciente e responsável de nós mesmos e de nosso meio.

Como diria Jung:
“Em todo adulto espreita uma criança – uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa”
Carl G. Jung (1875 -196)


O cuidado das crianças e do humano, começa nas relações familiares e passa por muitas outras possibilidades. Uma dessas possibilidades de cuidado em saúde são as essências florais, reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde, inseridas e regulamentadas nas Prática Integrativas e Complementares em Saúde no Ministério da Saúde aqui no Brasil, e também registradas pela ANVISA.

Pra quem já conhece os florais eles dispensam apresentação. Mas pra quem ainda não conhece, muito basicamente os florais são um método natural para equilibrar as emoções, desenvolvidos em 1930 pelo Dr. Edward Bach, médico infectologista da Inglaterra. Traz uma informação em equilíbrio da natureza (flores e plantas) que por ressonância possibilitam o equilíbrio dos campos mentais e emocionais dos indivíduos.

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Zinnia, o floral da criança interior:
Leveza, sorrir com espontaneidade e capacidade de brincar com bom humor e naturalidade. Essa é uma essência floral que trabalha a seriedade excessiva em adultos ou crianças que levaram a sério em demasia as responsabilidades ou fatos da vida e que por alguma razão, podem ter confundido responsabilidade com peso ou falta de humor. Essa essência que pertence ao Sistema Floral da Califórnia, diminui a tensão, alivia e e estimula a exteriorização de sentimentos, facilitando os relacionamentos entre pais e filhos.

Mariposa Lily, o floral da nutrição maternal:
Para estabelecer vínculos de nutrição emocional afetiva, acolhedora e uma maternidade positiva. Não somente para as mulheres, também para os pais que querem exercer a paternidade positiva com vínculo afetivo e acolhimento. Essa essência que pertence ao Sistema Floral da Califórnia, estimula a presença afetuosa e amorosa na maternagem com mais carinho e proteção feminina.

Baby Blue Eyes, o floral da paternidade presente e segura:
Para estabelecer vínculos entre pais e filhos numa presença apoiadora que traz confiança para atuar no mundo. Essa essência que pertence ao Sistema Floral da Califórnia, é recomendada tanto para pais que querem estabelecer uma paternidade mais presente, como para crianças que precisam perceber a presença paterna de forma positiva com segurança pessoal e social, lidando com a alteridade e a autoridade.

Informações importantes:
• As essências citadas aqui tem o objetivo de relacionar essências à estados emocionais. Não são indicações de fórmulas ou sugestões de ingestão. Trata-se de informação. Procure sempre um especialista.
• Florais não são medicamentos, são remédios para o autocuidado, de uso livre e sem efeitos colaterais (OMS).
• As essências florais trabalham pelo equilíbrio emocional e mental dos indivíduos, atuando no corpo físico por conseqüência desta harmonia;
• O tratamento com florais não substitui tratamentos médicos tradicionais ou vice-versa.

Fé e coragem para realizar seus sonhos

Entrevista para Blog Corpo São, Mente Sã da Healing Essências Florais

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Terapeuta explica as causas do desânimo frente aos obstáculos e como cultivar a perseverança para conquistar o que se quer.
Quando Dr. Bach (1886-1936), o médico inglês que criou a terapia floral, lançou o floral Gentian, ele tinha em mente ajudar as pessoas que se sentem desanimadas, sem fé e esperança diante dos obstáculos. Gentian vem justamente ajudar a todos que queiram concretizar seus sonhos e projetos, passando pelos desafios com perseverança. Ana Roxo, especialista e docente em Terapia Floral, terapeuta junguiana e filósofa, fala nesta entrevista sobre o assunto de forma ampla e detalhada. Os motivos que levam as pessoas a desanimar facilmente de seus sonhos, quando é natural ter um certo desânimo frente aos obstáculos e quando é hora de procurar ajuda, como desenvolver a persistência, quais recursos psíquicos podem ser usados nos momentos de dificuldade e como Gentian é importante nesses momentos são alguns dos temas abordados. Mas, não é só isso. Ana relata sabedorias de vida importantes, como a que diz: “Precisamos aprender a olhar e a encarar o desafio de viver a experiência. Entendermos que conquistar ou perder faz parte da vida. Ninguém só ganha e ninguém só perde. Todo mundo gosta de ganhar, de ter um enfrentamento positivo e conquistar o que quer. Mas nem sempre é possível, mesmo para os muito preparados. Então, viva a experiência, aprenda com ela. As consequências podem ser muito positivas mesmo que aconteçam problemas no percurso ou até mesmo se o resultado não for o que você almeja.”

Ana, no estado negativo, quais são as características de uma pessoa com o comportamento Gentian?
No estado Gentian negativo, basicamente a pessoa perde a coragem após enfrentar alguns obstáculos. Muitas, já no primeiro obstáculo se questionam se devem ou não continuar já que houve uma “derrota” inicial. Os problemas que surgem naturalmente em qualquer empreendimento ou realização são fortes opositores à baixa perseverança do estado Gentian negativo. A falta de um comprometimento mais “robusto” está calcado na dúvida do sucesso da realização seja de um comportamento, seja de ações no mundo, negócios, carreira ou projetos pessoais. A dúvida surge logo após que qualquer obstáculo ou dificuldade se apresente. A pessoa fica desanimada com relação a esta situação chegando a desistência do projeto bem facilmente. E a dúvida está vinculada ao fraco reconhecimento da sua capacidade em realizar. Nesta situação pode faltar ao indivíduo no estado Gentian negativo uma visão um pouco mais ampliada do que compreende uma realização e suas consequências. As consequências podem ser muito positivas mesmo que aconteçam problemas no percurso ou até mesmo se o resultado não for o que se almejava. Porém, a experiência em realizar, os aprendizados e a superação de obstáculos não entram no saldo do Gentian negativo. Pode existir também uma certa lentidão no reconhecimento das suas capacidades frente ao que deseja realizar, e isso complica a visão e a perspectiva dos bons desfechos. Na minha visão, essas características são mais leves nos estados temporários de Gentian. Aqueles episódios que praticamente todos nós já vivemos em algum momento na vida, de duvidar do sucesso de alguma ação ou projeto que queremos realizar. As dúvidas nesse estado temporário são menos profundas e, portanto, podemos superar com maior facilidade. Já nos traços de personalidade Gentian, onde esse estado se misturou ao desenvolvimento da personalidade, essas características são mais contundentes e, portanto, o aprendizado dessa alma passa por mais etapas até que consiga superar essa perspectiva negativa de futuro.

Como o floral Gentian pode ajudar as pessoas nesse estado?
A essência floral Gentian sugere a realização das virtudes da paciência e perseverança, assim como as flores da planta Gentian, que são bianuais (florescem somente a cada dois anos) e só abrem no fim da estação quando a maioria das flores das outras plantas já encerraram. Apesar de pequenas, as flores púrpuras de Gentian são fortes e sólidas. Assim, o floral Gentian traz a compreensão de que a fé, o otimismo e a perseverança conduzem a bons desfechos, sejam quais forem os resultados. Gentian positivo abre a perspectiva de apreender a experiência, se fortalecer com esse aprendizado, perceber o caminho que percorremos enquanto buscamos a realização, e assim o resultado se torna mais uma etapa, e não a única meta. Isso vai reforçando o reconhecimento das nossas capacidades e nos sugerindo aprender com a experiência, enquanto perseveramos nos objetivos.

Uma pessoa que desanima facilmente diante das dificuldades, o que ela precisa desenvolver?
Em primeiro lugar, sugiro uma observação mais atenta sobre quais são as situações em que há desistência e quais não há. Depois, tentar perceber algum comportamento, emoção, sentimento ou pensamento “gatilho” que impulsiona à desistência. Por exemplo, lá na infância vivemos algo bem ruim quando estávamos na escola e fomos apresentar um trabalho para a classe. Os coleguinhas não receberam bem, fizeram muitas “piadas” ou bullying de fato. E isso aconteceu mais de uma vez, quando tentamos realizar uma atividade em grupo. Acabamos por entender que não somos aceitos, que temos falhas graves, que não somos adequados. Assim, cada vez que formos nos apresentar ou falar em público é possível que aquelas mesmas sensações de não nos sentirmos adequados ou à altura, surjam. Então, o “gatilho” aqui seria falar em público ou simplesmente dizer o seu nome numa reunião. Esse é só um exemplo bem superficial porque é provável que as questões se deem mais fortemente com situações vividas lá na primeira infância e nos relacionamentos familiares. Se houver essa percepção, um bom caminho de entendimento já foi alcançado e algumas atitudes podem ser trabalhadas. Manter um certo otimismo é muito importante. Para a vida e não só para não desanimar. Tira o peso desnecessário e muitas vezes irreal da tarefa ou do caminho até o objetivo. Aprender a se “alimentar” das suas vitórias e conquistas. Esse acho que é um ponto bem importante. Muitas pessoas conquistam grandes situações e deixam essa informação passar. Quando falo se alimentar, me refiro a introjetar as informações e sensações das conquistas que fazemos, não importa o tamanho, de forma que essas informações e sensações passem por boa parte do nosso corpo imaginário interno, e chegue até a pele. Possuir essas sensações de vitória são a garantia de que, quando duvidarmos de nós mesmos em alguma situação futura, temos essas informações de sucesso “instaladas” no nosso corpo (imaginário, mental, emocional, memória, ..). Assim, podemos recorrer à essas informações quando não estivermos muito seguros de que temos de fato capacidade para alcançar metas mais ambiciosas. Isso é construir também a autoestima e a segurança de que somos capazes. Existem situações que podemos fazer sozinhos como essas que sugeri. E certamente não há só essas, cada pessoa é um universo em si. Mas, há muitas outras situações que não conseguiremos avançar sozinhos. Nesse caso, a ajuda amorosa de amigos e familiares podem acelerar e facilitar a percepção que não conseguimos ter de nós mesmos. E para outros casos, só profissionais podem ajudar esse processo acontecer. Agora, nada disso vai funcionar se a pessoa não se colocar nesse caminho de auto-observação, empenho e responsabilidade sobre si mesmo. Mudar e melhorar dá trabalho. Mas é altamente recompensador!

É natural surgir um certo desânimo diante das dificuldades. Porém, quando isso deixa de ser natural e pode se agravar? E, caso se agrave, no que esse desânimo pode se transformar?
É natural sentirmos desânimos eventuais por várias razões, como cansaço, falta de motivação, tarefas ou atividades sem propósito, problemas de ordem pessoal (econômico, social), entre outras, que complicam o desenrolar do dia-a-dia. Pessoas com uma natureza mais sensível, frágil também podem se encaixar aqui, justamente por sentirem um pouco mais intensamente essas e outras situações. Deixa de ser natural quando o desânimo se torna permanente ou por um longo período sem uma causa consistente, como, por exemplo, uma perda, um luto, um trauma. Ou uma causa física como um desequilíbrio hormonal, por exemplo, que deve ser tratado pela medicina tradicional. Se nada de grave ou consistente aconteceu, mas o desânimo permanece, ele deve ser investigado e tratado se for o caso. A partir dessa situação, sem buscar por corrigir, compreender ou ressignificar essas condições, podemos pensar no desenvolvimento de uma depressão, entre outras coisas. Como estamos falando de Gentian vamos nos ater a possibilidade de desenvolvimento de um estado depressivo, não necessariamente um Transtorno Depressivo. Seja qual for a “densidade” do estado depressivo, deve ser tratado. A Terapia Floral e outras terapias como a psicologia, a psicanálise, a transpessoal ajudam no reconhecimento e percepção consciente do quadro atual e anterior onde esse estado depressivo, ou outros, se desenvolveu.

Quais são as possíveis causas de uma pessoa que tem frequentemente essa característica, esse comportamento de desânimo diante das dificuldades que a leva a desistir sempre dos seus projetos, por exemplo?
Eu diria que a dúvida sobre a capacidade de êxito de um projeto pode ser uma delas, Mas não só isso. No sentido filosófico, a dúvida sobre nós mesmos sempre nos acompanhará. Somos indivíduos em contínua formação, em contínua busca de ser no mundo. Nunca estamos prontos ou completos, só podemos continuar o desenvolvimento de sermos, isso é uma condição existencial. Portanto, como nunca estamos completos, a angústia e a dúvida é contingência de sermos humanos, não uma escolha e nem pode ser trabalhada para ser extinguida.

Podemos apenas aprender a lidar melhor com isso. Mas, no sentido mais psicológico, termos dúvidas sobre nós mesmos e sobre nossas capacidades em alguns momentos é totalmente natural. Não estamos em contato o tempo todo com qualidades que já conhecemos em nós e muitas outras qualidades que ainda vamos desenvolver ou nos conscientizar delas. Pode se agravar quando passamos a reforçar ou a sistematizar os obstáculos ou dificuldades. Nesse sentido, precisamos olhar para trás, para a nossa infância e mais atrás ainda, para a nossa natureza individual. Todos temos uma natureza. Quando nascemos já trazemos conosco uma bem elaborada e estruturada base psíquica e uma programação orgânica. Se pensarmos num indivíduo que já traz na sua natureza uma predisposição ao abatimento ou a uma condição de diminuída individualidade, e soma-se a acontecimentos na infância que reforçaram a sensação de incapacidade e desistência, podemos pensar num agravamento dessa característica por reforço negativo contínuo ou persistente.

Nos momentos mais desafiadores, quais recursos psíquicos nós temos e podemos usar ou que seria bom que usássemos?

Precisamos aprender a olhar e a encarar o desafio de viver a experiência. Entendermos que conquistar ou perder faz parte da vida. Ninguém só ganha e ninguém só perde. Todo mundo gosta de ganhar, de ter um enfrentamento positivo e conquistar o que quer. Mas nem sempre é possível, mesmo para os muito preparados. Então talvez o “recado” seja: viva a experiência, aprenda com ela. Se alimente com as suas conquistas porque quando perder, serão esses recursos aprendidos anteriormente, bons e ruins, que farão a diferença na sua evolução e num novo enfrentamento. É sempre bom lembrar que TODOS nós temos muitas capacidades, qualidades e condições de enfrentarmos muitos desafios e obstáculos. Portanto, precisamos aprender a reconhecer e a desenvolver essas capacidades. No meu entendimento, ainda não há meio mais eficiente para isso do que o autoconhecimento. E isso pode acontecer de diversas formas. Viver já é o caminho para o autoconhecimento, ninguém passa ileso pela experiência de estar vivo. As pessoas mais auto observadoras e mais “presentes” nos acontecimentos do dia-a-dia, que já desenvolveram a condição de estar atentas a si mesmas e ao meio, a princípio têm melhores condições de reconhecer e adotar conscientemente suas qualidades para lidar com a vida. E isso faz com que a sua segurança em lidar com as situações esteja melhor “exercitada”. Reconhece mais facilmente as suas condições de enfrentar acontecimentos desconhecidos, porque passa a confiar na sua desenvoltura e capacidades de manejar os seus recursos internos para viver essas experiências. Mas, muitas pessoas não são tão auto-observadoras e sua atenção nem sempre está voltada para si e para o meio. Essas, acredito, podem recorrer as atividades que ajudem a melhorar essas percepções, que vão desde as atividades físicas, que melhoram consideravelmente a percepção do corpo, um caminho para manter o foco também em si mesmo, como até os vários tipos de terapias.

Você pode dar alguns exemplos de como as pessoas podem praticar esse estar atento a si mesmos e ao meio?
Eu peço para alguns clientes com essa dificuldade para que algumas vezes durante o dia se auto-observem. Perguntem-se como estão se sentindo exatamente naquele momento, frente as atividades que estão exercendo naquele momento. Está confortável, tem alguma apreensão ou se sente em paz? Tensão na execução da tarefa? Por que? Quais os motivos de estar tenso, em paz ou triste naquele momento? Essa parada para se observar, ajuda na percepção de si e do meio. A vida é tão corrida que às vezes um acontecimento que ocorreu pela manhã, que nos deixou tensos ou preocupados o dia todo, não se tornou consciente e, portanto, não temos condição de elaborar ou lidar melhor com isso. Porque provavelmente já estávamos envolvidos em outra tarefa ou outras situações da vida pessoal que exigem rapidez ou deslocamentos. O dia passou, a sensação de apreensão estava lá o tempo todo e não tivemos tempo de pensar sobre o que aconteceu, por que aconteceu, onde eu contribuí para o acontecimento, se é que contribuí. Parar para se perceber, entender, aprender e se posicionar com clareza diante dos acontecimentos do dia é um dos melhores caminhos para a gente não acumular ou até reprimir sensações e sentimentos desagradáveis.

Os desafios são nossa maior chance de aprendizado para amadurecermos, conquistarmos mais bem-estar mental e emocional?
Penso que os desafios são grandes aprendizados, sempre. Porque, mesmo que o resultado do enfrentamento do desafio não seja exatamente o que gostaríamos, qualquer resultado nos levará a reflexão e a percepção de qualidades que pensamos faltar em nós ou que conquistamos. Então, no mínimo, estaremos exercitando a consciência de nós mesmos. Mas, não são eles que “garantem” o bem-estar emocional/mental. A saúde mental depende de alguns fatores:

• um “embrião” de estrutura psíquica sem grandes fragilidades ou debilidades, que vem com a nossa natureza original. Entenda por natureza original algo da ordem de heranças de crenças familiares que passam de gerações em gerações, mesmo se muitos desses familiares não estiveram em contato direto. O que nos leva a crer que há uma “genética” de comportamento ou de alguma forma a ancestralidade deixa heranças de entendimentos sobre como atuar na vida.

• uma infância no mínimo razoavelmente atendida, não só nas questões de subsistência, mas também de acolhimento, cuidado e segurança;

• e como entendemos o mundo e reagimos a ele. Como recebemos e reagimos às vivências. Essa questão já está bem conhecida por aí, muitos já devem ter ouvido em algum lugar que, mais importante que o acontecimento é como recebemos e lidamos com o que acontece. É dessa percepção e reação que dependerá a qualidade do que vivemos e como vamos dar um desfecho para o vivido. E isso influenciará diretamente como enfrentamos a vida interna e externamente.

Penso que a nossa saúde mental/emocional passa necessariamente por esses três itens básicos.

Se, por algum motivo, uma pessoa é carente de um desses itens ou de dois deles ou de todos, é possível, mesmo assim, ela ir se transformando, adquirindo isso ao longo da vida de forma que possa viver a vida usufruindo dela, curtindo o viver?
Assim como o nosso corpo físico é um sistema e, portanto, quando uma função, tecido ou órgão falha (claro que não me refiro aos vitais, como coração e pulmão), o sistema tenta compensar da melhor maneira possível as funções de outros órgãos, do metabolismo… para que o sistema não entre em colapso. Acredito, então, que com a psique pode acontecer o mesmo. Provavelmente, haverá compensações e, se tudo der certo, se outras estruturas psíquicas compensarem, a possibilidade desse sujeito se sair bem, existe! Por exemplo: existem fases do desenvolvimento humano que algumas vezes não são vividas completamente ou satisfatoriamente. E vemos que várias dessas pessoas “compensam” essa fase posteriormente, como “adolescentar” tardiamente ou viver um período buscando satisfações que são mais características da infância. É possível que esses comportamentos posteriores sejam uma manifestação compensatória. Mas, ainda assim nem tudo poderá ser compensado, se a situação vivida foi muito limitante ou grave.

Ana, como desenvolver a perseverança e a resiliência?
Resiliência é outro termo da moda que vem da física, se não me engano. Objetos, estruturas e elementos que mesmo sob pressão e tensão conseguem retornar, manter ou não corromper o seu estado original. Como o conceito mesmo já diz e aplicado no psicológico, seriam os indivíduos que têm capacidade de adaptação suficiente para, mesmo sob pressão ou estresse, voltar ou manter o seu equilíbrio. A resiliência humana então depende de vários fatores como, adaptação, manejo adequado dos impulsos e das frustrações, empatia, segurança, visão positiva de si, do meio e dos resultados de maneira realista, e motivação para viabilizar soluções e objetivos. Todas essas qualidades juntas não são fáceis de achar ou mantê-las por tempo indeterminado. Somos seres orgânicos, que temos limites, dores e frustrações. E lidar com isso é muito mais importante do que ter resiliência, no meu entendimento.

Há algo que gostaria de dizer que não foi perguntado?
E se você leu tudo isso e se identificou ou já desanimou com a sua responsabilidade no seu processo de autodesenvolvimento, tome Gentian já! ;)

15/08/2017 por Keila Bis
Blog Corpo São, Mente Sã da Healing Essências Florais

Florais como cura para a infertilidade

Entrevista para o Site Cadê meu Neném – Porque engravidar não é fácil

CM_Crianca

Na procura por um tratamento natural, não invasivo e sem contraindicações, você pode acabar se deparando com os florais (de Bach, de Gaia, da Califórnia, do Alaska…) e foi o que aconteceu comigo. Eles já me proporcionaram grandes transformações, inclusive diminuíram consideravelmente minha TPM e minhas cólicas menstruais. Não é magia, não é chá: é uma ciência séria, estudada desde a década de 30, que funciona mesmo. E ninguém melhor para explicar como eles agem no corpo e nas emoções da gente que a minha terapeuta, a Ana Roxo, que atua há 14 anos, é superexpert e inclusive dá cursos na área.

“Em primeiro lugar, os florais tratam pessoas ou seres e não condições físicas ou doenças e, portanto, não recomendamos florais para uma condição. Neste e em todos os casos deverá acontecer um entendimento mais amplo da situação atual e de vida desta pessoa. Desde um perfil básico até questões mais remotas na história pessoal que podem ter contribuído para um quadro se estabelecer. O trabalho que os florais propõem é melhorar a percepção de si e entender padrões e crenças que, muitas vezes, são limitadoras e interferem diretamente nas nossas emoções, sentimentos e comportamentos, podendo, por consequência, interferir no corpo físico”, diz.

Quer exemplos? Se você não se sente capaz de assumir a responsabilidade de ser mãe, tem dúvidas quanto à escolha do pai do seu bebê ou mesmo a qualidade do casamento como base para uma família, se sente medo de perder sua liberdade, se sofreu violência ou traumas… tudo isso, enquanto não for resolvido, pode complicar ou até impedir uma gravidez. Então, nada como uma boa conversa com um profissional especializado.

Mas existem, sim, florais que trabalham princípios fundamentais para mulheres que querem ser mães. “De maneira geral, os florais femininos são muito recomendados nessa fase, como o Alpine Lily (Florais da Califórnia), pois trabalham fundamentalmente o prazer de ser mulher, com identidade, aceitação e integração harmoniosa do corpo feminino e seus órgãos.

Já o She Oak (Florais do Bush Australiano) trabalha equilíbrio hormonal, concepção e fertilidade nas mulheres. O Pomegranate (Florais da Califórnia) atua no princípio da criatividade feminina e propõe a percepção dos valores da nossa contribuição feminina para o mundo, na vida pessoal, familiar e profissional, e na preparação da identidade feminina para o acolhimento de um novo ser. O Mariposa Lily (Florais da Califórnia) trabalha a consciência maternal, nutrição e vínculo afetivo mãe-filho enquanto o Pregnancy Support (Florais do Alaska) auxilia na criação de um espaço de acolhimento e nutrição para o desenvolvimento de um bebê. Pensaria também em Indian Paintbrush (Florais da Califórnia), que fortalece o princípio criativo”, explica.

6 de fevereiro de 2017 por Pri Portugal
Site: www.cademeunenem.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/cadeomeunenem/

Terapia Floral: Extratos de flores ajudam no equilíbrio emocional

Entrevista para a revista Vida Natural

A terapia floral ajuda no controle emocional, ligados ou não, a desordens físicas. Conheça os benefícios dessa alternativa natural
Incertezas, carência e insegurança, acompanhadas de problemas físicos, como dores de cabeça, inchaço e cólica. Se você é mulher e tem entre 20, 40 ou 60 anos, com certeza já gastou muita energia tentando se livrar desses companheiros nada agradáveis. Entre as centenas de práticas terapêuticas já desenvolvidas para enfrentar esses e outros desconfortos, a terapia floral está entre as mais procuradas. Isso porque as famosas gotinhas não são indicadas para tratar doenças específicas, e sim emoções e comportamentos em desequilíbrio, que, por sua vez, podem estar relacionados a várias desordens físicas, de acordo com a terapeuta Ana Roxo, de São Paulo.

Classificação das essências
O sistema floral de Bach é o mais conhecido – pelo pioneirismo do seu criador, Edward Bach, que norteou as pesquisas posteriores –, mas existem muitos outros grupos de extratos de flores que atuam na resolução de conflitos internos relacionados a doenças. “Os princípios florais foram pesquisados e organizados de forma semelhante, mas cada um tem suas peculiaridades. Os de Bach, por exemplo, baseiam-se em questões mais estruturais da personalidade, enquanto os de Filhas de Gaia, desenvolvidos a partir de flores do cerrado brasileiro, trabalham amplamente as questões femininas”, explica. Ainda existem os da Califórnia, Bush Australiano, Saint Germain e Minas.

Turbulência hormonal
Os florais são bastante úteis na fase mais crítica do mês para a mulher, que antecede o fluxo menstrual. Para o maior incômodo físico da tensão pré-menstrual (TPM) – a cólica –, a terapeuta indica o Chamomile, do sistema californiano. Além de aliviar a dor, a essência traz equilíbrio e disposição, assim como o Feminalis, de Minas, recomendado também para diminuir a dor de cabeça e a retenção de líquido. Um dos mais populares entre os florais de Bach, o Rescue Remedy é outra opção para ajudar a combater a cólica.

À beira de um ataque de nervos
As dores de cabeça, também características desse período, costumam vir acompanhadas de alterações de humor. Então que tal acabar com essa tormenta com uma dose de Purpureum, dos florais de Saint Germain? “Ele atua na desorganização emocional que se manifesta na TPM”, afirma Ana Roxo. Dos florais da Califórnia, a profissional destaca o Apricot para atenuar a irritabilidade. O Magnólia, do mesmo sistema, é sugerido para mulheres que se sentem frustradas e vulneráveis. “Esse extrato trabalha em cima de questões como autoconfiança e otimismo, evitando que os fatos sejam vistos de forma dramática e distante da realidade.”

Bloqueios emocionais também podem ser sanados com a essência She Oak, do sistema Bush Australiano. Para retomar a calma, contendo a inquietação que marca esses dias, a terapeuta floral e psicóloga Jaqueline Matos, de Itaúna (MG), indica Impatiens, dos Florais de Minas. A profissional, da Associação Mineira de Terapeutas Florais, ressalta ainda que esse turbilhão de emoções leva, muitas vezes, à compulsão alimentar e, para esse sintoma, a dica é optar por gotinhas de Levitate.

CM_Crianca

Em paz com a idade
A menopausa deve ser encarada com naturalidade, uma vez que faz parte do processo de envelhecimento natural da mulher. Mas nem sempre é fácil lidar com as mudanças que essa nova fase traz; quando as emoções estão em desequilíbrio, o corpo sente ainda mais essa passagem do tempo. Para a terapeuta holística Maria Luiza Arcuri, de Barretos (SP), trata-se de um momento que demanda, além de um estilo de vida mais saudável, um olhar positivo em relação à vida. “É nesse sentido que a terapia floral pode colaborar”.

Tranquilidade é a palavra-chave para essa etapa da vida, e uma das essências capazes de proporcionar a sensação é a Pomegranate, da Califórnia, que facilita a tomada de novas direções sem que haja muito desgaste de energia. O floral Caju, do sistema Filhas de Gaia, é mais um aliado da mulher, proporcionando alegria e vitalidade. “Walnut, de Bach, também é ótimo para processos de transformação, por estar ligado à fl exibilidade e à adaptabilidade”, acrescenta.

Para esfriar a cabeça
Dos florais de Minas, o Feminalis – associado ao alívio das dores de cabeça nesses períodos – é lembrado na menopausa também pelo fato de que trata os famosos calores. O sintoma pode, ainda, ser amenizado pelo Mulla Mulla, proveniente do sistema Bush Australiano. Nessa fase da vida, muitas mulheres apresentam falhas de memória e dificuldade de concentração, o que pode melhorar com o uso do floral mineiro Rosmarinus.

19 de agosto de 2015 por Livia Oliveira
Revista Vida Natural

Ansiedade na Medida Certa

Entrevista para Revista Essência Healing nº4

Na edição de número 04 da revista Essência Healing da Healing Essências Florais, a jornalista Keila Bis abordou o tema ansiedade na matéria de abertura da revista.

Entre algumas técnicas relatadas por outros profissionais, a matéria aborda também algumas informações sobre possibilidades de desenvolvimento da ansiedade a partir dos acontecimentos na infância e conteúdos inconscientes.

Segue um recorte da matéria que tive o prazer de contribuir com algumas informações, inclusive com os relatos de uma cliente que se prontificou a participar da matéria. Foram algumas clientes indicadas para esse relato e a escolha de qual cliente faria a participação foi realizada pela jornalista responsável pela matéria, Keila Bis.

A tomada de consciência
A jornalista Lizandra Magon de Almeida diz que já foi muito ansiosa e com isso ficava desesperada para resolver suas tarefas, não conseguindo ter a serenidade necessária para realmente parar e fazer o que precisava ser feito. “Estava perdida, começava várias coisas e não terminava nenhuma. Sentia-me mal com isso o que criava um círculo vicioso do qual era difícil de me libertar. Perdia o sono, tinha taquicardia, ou falava sem parar.” relembra.

Por indicação de sua terapeuta, Lizandra foi buscar a ajuda da terapeuta floral Ana Roxo. “Desde o início do tratamento com florais, já senti diferença. Não significa que eu não sinta mais nenhuma ansiedade. O que mudou realmente foi minha postura em relação a ela: consigo identificá-la, respirar e controlá-la. Ou seja, é um aspecto meu que conheço e administro. Não tenho mais taquicardia, nem nenhum sintoma físico, mas as vezes perco o sono”, explica a jornalista.

Porém, no caso da ansiedade patológica, o sujeito é arrastado por ela, não consegue administrá-la, fica navegando nas suas águas turbulentas. Isso sinaliza que existe algo por trás da ansiedade que precisa ser olhado, ou seja, a causa real, que muitas vezes está inconsciente. “Fazer o vestibular, por exemplo, é bastante desafiador e passível, portanto, de proporcionar um bom nível de ansiedade. Para uma pessoa que sofre de baixa autoestima, pode se apresentar ainda mais potente”, explica Ana Roxo.

Na terapia ou análise, essas questões são olhadas com atenção, o que faz com que, gradativamente, a ansiedade que era uma consequência desses fatores, vá diminuindo. “Basicamente boa parte do que constitui o conteúdo da nossa psique na vida adulta vêm dos acontecimentos na infância. Se uma criança tem pais, ou um deles, muito severos, que cobram constantemente uma postura específica dela, é possível que cresça desenvolvendo uma certeza de que por mais que faça ou se esforce, nunca estará a altura do que os pais esperam’, explica a terapeuta floral. No seu inconsciente pode ficar registrado algo como: “você não é boa o suficiente”. Ana explica que na fase adulta racionalmente ela saberá das suas capacidades, mas a execução sairá falha ou muito menor do que é capaz, gerando ansiedade. “Isso pode acontecer porque provavelmente a figura de autoridade dos pais está sendo projetada nos gestores, por gatilho insconsciente ela resgata a sensação de não estar a altura da tarefa exigida, aquela mesma lá da infância. Uma outra projeção possível é que, mesmo que o chefe elogie o seu trabalho e ela cresça profissionalmente, fará um esforço muito maior que o necessário para a tarefa, porque nunca acha o seu trabalho bom o suficiente.
(…)

No caso da jornalista Lizandra, a terapia floral utilizada como complemento ao trabalho que ela já estava fazendo com sua terapeuta a ajudou a caminhar mais rápido no seu processo de equilíbrio mental e emocional. “Quando minha terapeuta me indicou os florais, eu já fazia as sessões terapêuticas com ela havia um bom tempo. Mas ela me disse que eles poderiam me ajuda a acelerar o tratamento da ansiedade. Com os florais passei a ter compreensões mais profundas, que realmente me ajudam a me conhecer melhor”, constata.

Florais
A terapeuta floral Ana Roxo indica algumas essências florais de Bach para o tratamento da ansiedade:
Impatiens – atua sobre o clássico comportamento da pessoa ansiosa que tem a atenção voltada para o futuro. Ao fazer isso, ela perde a experiência do agora, aprende menos e portanto pode errar mais e atropela o tempo de aprendizado do outro podendo se tornar irritável e intolerante. Com Impatiens, aprende-se a permanecer e aproveitar o momento presente, aceitando e lidando com o ritmo dos acontecimentos.
Agrimony – trabalha com as emoções associadas a ansiedade que podem surgir por outras questões, como a dificuldade em lidar e entrar em contato com os próprios problemas e angústias. É um perfil de pessoa que prefere estar em festas e em grupos, com uma aparente personalidade alegre, popular e festiva. Mas, interiormente está cheia de angústia e ansiedade. Agrimony ajuda nesse contato com o mundo interior.
Mimulus – cuida do medo e da vergonha, que também desencadeiam ansiedade, pois quem sente essas emoções vive em estado de atenção constante para evitar tudo aquilo do qual tem medo. Mimulus traz coragem para lidar com os desafios e acreditar no bom andamento e desfecho dos acontecimentos.
White Chestnut – é útil para acalmar a mente acelerada repleta de pensamentos. Esse floral ajuda a recuperar a tranquilidade mental, desarticulando o revolver de pensamentos incessantes.
Five Flowers – esse composto emergencial criado pelo Dr. Bach, coloco na primeira fórmula dos ansiosos, e a partir da segunda costumo retirá-lo, já que ele é um emergencial. Só quando preciso potencializar uma fórmula volto a colocá-lo novamente. Mas não utilizo num processo terapêutico.

O desenrolar da produção de uma matéria jornalística
Nem todo mundo sabe mas, para o desenvolvimento de uma matéria jornalística, é necessário muito diálogo prévio. O jornalista lida com informações que nem sempre são de seu conhecimento por serem áreas específicas e de abordagens práticas específicas. Então há uma troca grande de informações antes do jornalista conseguir condensar essas informações de forma coerente e torná-las possíveis de serem encaixadas no tamanho específico do espaço reservado para aquele assunto seja numa revista, jornal, site, etc.

Como a troca de informações para essa participação na matéria foi grande, segue abaixo todo o conteúdo trocado, a fim de contribuir com mais informações para quem tem interesse no assunto.

O texto que segue foi elaborado num livre pensamento, sem entrar em pesquisas, estatísticas ou citações teóricas de áreas específicas. Esse conteúdo é embasado no estudo e aprendizados que já se dão em vários anos de experiência através de cursos e formações em algumas áreas do conhecimento, e da prática em atendimento clínico.

O texto que segue é bastante longo. Portanto se você não tem interesse em compreender um pouco mais sobre ansiedade, pode ficar satisfeito com o texto acima. A partir de agora, só os forte ou aqueles com grande interesse no tema lerão.

Possíveis causas da ansiedade
Em primeiro lugar, a principal causa da ansiedade em nós, não só nas pessoas que atendo, se dá pela necessidade de nos adaptarmos. Existem muitos eventos que nos causam apreensão ou estresse. Na verdade essas emoções dependem mais de como nós reagimos ao evento do que o evento em si, num primeiro momento. Aqui me refiro a eventos estressantes mas não necessariamente traumáticos ou violentos. Percebemos uma situação desafiadora e precisamos nos adaptar a ela. Até um determinado ponto a ansiedade que sentimos para estabelecer essa adaptação é positiva. Ela melhora a performance, o nível de atenção e portanto o desempenho de maneira geral.

A partir deste ponto, se o esforço e o estresse para estabelecer esta adaptação continua em alta potência, gerando uma ansiedade ainda maior, a adaptação não é mais possível justamente pelo excesso de ansiedade. Neste momento muitas coisas acontecem no nosso campo emocional que passa a interagir diretamente com o nosso corpo físico desencadeando um complexo rearranjo hormonal para que possamos dar conta de possíveis situações que o nosso estado de alerta sugere.

Nem todas as causas da ansiedade são fáceis de identificar. Se a questão for uma prova, um vestibular, uma entrega importante de trabalho ou ainda um grande desafio pontual, fica menos difícil chegar na causa. Mesmo assim, questões desafiadoras por si só podem ainda representar uma outra questão de significado particular. Por exemplo um vestibular, que em si já é bastante desafiador e portanto passível de proporcionar um bom nível de ansiedade, para uma pessoa que já sofre de uma baixa autoestima ou dúvidas sobre as suas competências para ter êxito nisso, a ansiedade pode se apresentar ainda mais potente e com uma causa contundente em segundo plano. Não evidente num primeiro momento, tanto para quem sofre a ansiedade como para quem tenta auxiliar essa pessoa. Isso provavelmente só vai ser possível de identificar, após um contato mais profundo com a questão. Um exemplo de segundo plano poderia ser uma pessoa que apresenta insegurança, não confiança nos seus talentos e qualidades com alguns eventos anteriores não positivos reforçando essa situação, como tentativas de testes ou vestibulares onde não obteve êxito. Esses eventos podem “minar” uma performance mais segura.

O mundo contemporâneo proporciona uma infinidade de situações onde a ansiedade vai se apresentar para todos nós em algum nível. E portanto para os meus clientes não é diferente. Pressões no trabalho são as causas mais visíveis das pessoas que atendo. O mundo corporativo, numa grande parte, ao estimular uma competição exagerada entre os seus colaboradores, tira o melhor mas também o pior dos indivíduos.

Um cenário de atitudes e comportamentos positivos vindos da competitividade, seria o estímulo das pessoas a buscarem uma performance melhor. Se algum colega consegue melhor desempenho, é possível também desenvolver em si as suas potências, que muitas vezes não estão bem exploradas ou reconhecidas pelo próprio indivíduo. Ou seja, se o outro consegue, também podemos estudar mais as questões e atividades, nos conhecermos melhor para aprendermos ou reconhecermos como podemos desenvolver as nossas qualidades, e não simplesmente para ser melhor do que o outro. Estamos aqui para sermos nós mesmos e desenvolvermos o nosso potencial com as nossas características únicas. Não dá pra ser o outro. E é aqui que as empresas deveriam incentivar a individualidade e não massificá-la mas, isso é outra história.

Um exemplo de comportamento negativo extraído da competitividade é o excesso de pressão. Se ela é extrema e a empresa ou gestores não colaboram no sentido de direcionar e apoiar os seus profissionais, muitas pessoas podem apresentar uma propensão a diminuir o colega, dificultar o trabalho dele, não passar as informações ou continuidade de atividades e, dessa forma, atrapalhar o desempenho de colegas e equipes. Justamente por não verem outra alternativa de sobreviver dentro dessa pressão, das exigências e de uma gestão falha.

Quando há gestão de fato, líderes, eles estimularam que cada profissional desenvolva o seu melhor, dentro das suas especificidades e inteligências individuais. Do contrário vira campo de batalha, onde é cada um por si tentando sobreviver e alcançar os resultados a quase qualquer preço. Isso significa que muitos ambientes de trabalho se tornam hostis, quando não tóxicos, com gestores nem sempre preparados ou qualificados para suas funções.

Outra questão importante, são as reduções no quadro de funcionários, obrigando os seus colaboradores a uma jornada de trabalho bem além do que é recomendável e com tarefas a serem entregues num volume insustentável.

Algumas empresas chamam esses profissionais ou equipes de “alta performance” mas na realidade, e nesses casos, o que está sendo exigindo dessas pessoas é um rendimento sobre-humano. As pessoas não tem mais tempo para si, para estar com seus filhos, família ou amigos, muitos inclusive trabalham nos fins de semana. Dentro dessa realidade, não há como manter um equilíbrio e geralmente o primeiro desequilíbrio que se apresenta é a ansiedade. Nem todas as empresas são assim, é claro, mas me parece que um número expressivo é.

O ideal aqui seria também destacar que as relações no ambiente de trabalho apresentam questões psicológicas bastante importantes a respeito do conteúdo que depositamos ou projetamos nas nossas relações com chefes, pares ou subordinados. Isso, além dos desafios do mundo corporativo. Essas relações também são representativas de papéis e conteúdos individuais, projetados nos colegas de trabalho, que muitas vezes dificultam ou inviabilizam as relações. Essa é outra forte fonte de ansiedade e estresse mas são de natureza psicológica profunda e complexa. Precisaríamos de um capítulo a parte para abordar este tema que é muito interessante, porque fala da nossa natureza psicológica inconsciente e ainda pouco explorada ou sequer reconhecida por um bom número de pessoas. Na verdade, parte desse ambiente hostil tem muito a ver com a projeção de conteúdos inconscientes no meio profissional.

Muito basicamente, arranhando a superfície na verdade, boa parte do que constitui o conteúdo da nossa psique na vida adulta vem da formação do que aconteceu lá na infância, daquilo que captamos e percebemos do que foi vivido. Então, pra facilitar e não entrar tão profundamente na teoria, que é volumosa pra uma matéria jornalística, vou abordar por exemplos. Se uma criança tem os pais, ou um deles, muito autoritário, severo, que cobra constantemente uma postura específica dessa criança, ou ainda, de forma menos evidente e direta, humilha e desvaloriza o que esta criança produz ou apresenta como atitude e comportamento, é possível que essa criança cresça desenvolvendo uma certeza de que, por mais que faça e se esforce, ela nunca estará a altura do que os pais esperam. Essa certeza e boa parte das emoções e impressões que foram captadas dessa situação, podem ser recolhidas para o insconsciente, deixando apenas a impressão de um desconforto ou uma certeza vaga de que ela não estará a altura do que lhe for exigido por um gestor, na vida adulta. Quando adulta ela sabe racionalmente das suas competências e capacidades mas, a execução sai falha, muito menor do que a sua capacidade. Com esse resultado, ela não consegue entender porque não tem uma postura adequada ao seu conhecimento e talento ao apresentar um trabalho. Ou para pedir um aumento, concorrer a uma vaga melhor ou ainda, para fazer um enfrentamento adequado junto aos seus gestores. Isso pode acontecer porque provavelmente a figura de autoridade dos pais está sendo projetada nos gestores e, por gatilho inconsciente, ela resgata a sensação de não estar a altura da tarefa exigida, aquela mesma lá da infância. Uma outra projeção possível é que mesmo realizando as suas tarefas profissionais, recebendo elogios ao seu trabalho e crescendo profissionalmente, fará um esforço muito maior do que o necessário para a tarefa, porque não consegue considerar o seu trabalho suficientemente bom. Ou ainda, poderá ter a sensação de que profissionalmente não está a altura, apenas é privilegiado por ter sorte, e assim pode sentir-se constantemente uma farsa.

Num outro exemplo, uma criança que tem um irmão que chamou muito a atenção dos pais e portanto boa parte do tempo que os pais tinham foi dedicado a esse irmão, pode sentir-se não aceita, não fazendo parte, impotente, magoada e excluída do grupo familiar. Na vida adulta, poderá apresentar um comportamento rebelde justamente para reforçar a sensação de não pertencer, de não ser aceito, e mostrar raiva que vem provavelmente daquela mágoa, da sensação de não ter feito parte. As suas relações profissionais podem estar recheadas de rancor com algumas explosões de raiva, desestabilizando o meio e sempre percebendo uma certa não aceitação da sua presença e por consequência, apresentar um certo desprezo pelos colegas. E na verdade, podem ser projeções de conteúdos inconscientes construindo uma realidade paralela para si.

Seriam muitos exemplos pra citar mas a idéia aqui é entendermos que as nossas relações, profissionais, e todas as outras, e a forma como desenvolvemos as nossas atividades, trazem muito da nossa criança interior ferida e desamparada. E muitas vezes é essa criança interior que vai trabalhar e se relacionar com o mundo, quando na verdade o adulto deveria estar manifestado e a criança interior atendida e acolhida, em uma instância apropriada dentro de nós. Enquanto estivermos à mercê de conteúdos do nosso inconsciente, sem nenhum resquício de contato e entendimento com ele, poderemos distorcer a nossa realidade e nunca nos aproximarmos ou nos apropriamos de potenciais riquíssimos que temos. Poderão ficar de fora talentos e capacidades ainda desconhecidos e a condição para realizarmos tudo o que queremos e podemos ser. Os exemplos citados aqui são bem superficiais porque a realidade da psique e nossos comportamentos são muito mais complexos do que isso. E esses entendimentos vem da psicologia analítica junguiana, Carl G. Jung.

Dentro do pensamento do entendimento junguiano, temos que fazer um paralelo com as adaptações que fizemos lá na infância, para nos adequarmos ao que entendemos do que o meio esperava de nós. Na tenra infância não entendemos a realidade através dos raciocínios complexos, desenvolvidos só mais tarde, apenas estamos sujeitos a percepção do meio e como somos impregnados pela informação da realidade à qual estivemos expostos.

Muitas famílias estão expostas aos desafios momentâneos ou estruturais que causam desentendimentos familiares, comportamentos e reações emocionais nem sempre em equilíbrio. Por exemplo, quando surgem desafios financeiros, separações, mudanças de escola ou domicilio, etc, a criança não entende o que acontece, mas está recebendo mensagens do meio familiar / escolar e, a sua maneira, vai digerir e incorporar essa informação. Em muitos casos essa não será exatamente um experiência positiva, acolhedora e dotada de segurança. Muito pelo contrário. Mas é claro que tudo depende de como os pais, cuidadores e professores conseguem lidar com os problemas e o quanto conseguem proteger as crianças nesses momentos.

CM_Crianca

A vida é dinâmica e cheia de desafios mas, os adultos devem passar para a criança conforto emocional, segurança, acolhimento e aceitação do que ela é. Quando isso não acontece, é possível o desenvolvimento de um quadro ansioso justamente pela dificuldade em se adaptar a essa dinâmica familiar / escolar. Lembrando que as crianças não nascem prontas, ainda estão em formação por alguns anos após o nascimento. E todas as experiências do meio colaborarão para esta formação e certamente, essas situações refletirão no adulto que vier ser.

Isso não quer dizer que as mudanças, sustos, perdas e todas as situações desafiantes da vida, vão contribuir negativamente na criança. A vida é dinâmica em todas as direções, positivas e negativas. Mas tudo vai depender de como o adulto vai se relacionar com as mudanças, como ele vai passar isso para a criança e como cada criança receberá essa informação a partir da sua natureza.

Possíveis conexões entre mente acelerada e ansiedade

Quando falamos em mente acelerada, faço uma conexão com o Transtorno de Ansiedade, diferente da ansiedade que podemos sentir sob pressão ou estresse. A mente acelerada é um termo ou uma condição relativamente nova e na maioria dos entendimentos está relacionada ao Transtorno de Ansiedade.

Só para tentar deixar mais claro, o Transtorno de Ansiedade é composto por vários quadros as vezes distintos entre si que são: Ansiedade, Fobia, Síndrome do Pânico, Estresse, Estresse Pós Traumático, Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC (este também traz relação com transtorno do controle), Esgotamento, etc, e mais recentemente Síndrome da Mente Acelerada. Está síndrome, que eu saiba, ainda não consta Classificação Internacional de Doenças – CID 10 ou outros manuais científicos e portanto, muitos profissionais entendem este quadro apenas como características de alguns tipos do Transtorno de Ansiedade. No momento, me incluo neles, mas se amanhã pesquisas ou outras observações importantes acontecerem, posso pensar diferente.

Não tenho uma idéia fechada sobre o que acontece primeiro, a ansiedade e portanto a possibilidade de uma mente acelerada ou o contrário. O mais comum que vejo, parece ser o contrário mas, não posso falar que tenho certeza disso. Até porque, no meu entendimento, cada um de nós tem “pontos fracos”. Áreas onde é mais fácil um desequilíbrio começar ser percebido. Ex: sempre que Maria fica gripada, a gripe “começa” na garganta. Então um ponto sensível da Maria seria a garganta. Se for assim, quem já tem uma natureza mais mental, talvez um desequilíbrio de ansiedade possa começar por uma mente mais acelerada. Mas tudo isso são conjecturas.

Acredito que muitos terapeutas de várias técnicas e abordagens pensem que é provável que hajam situações na infância e na sua formação que ajudaram um quadro ansioso a se desenvolver, mesmo que as vezes ele se apresente mais claramente somente na adolescência ou vida adulta. Mas, de novo, não há uma resposta exata para isso. Já conhecemos muito da natureza humana mas ela é ainda cheia de mistérios. Algumas áreas podem afirmar isso ou aquilo baseada em teorias ou diagnósticos já desenhados anteriormente. Mas no meu entendimento, nós enquanto natureza somos muito mais complexos do que já conseguimos avançar em entendimento, para podermos afirmar categoricamente que um desequilíbrio como a ansiedade ou um Transtorno Ansioso começa assim, se desenvolve de uma determinada forma e o tratamento é este. Como se não importasse a individualidade de quem está sendo tratado. Porque se fosse isso de fato, muitos ou a maioria já teriam se livrado da ansiedade patológica. Pelo menos é assim que penso no momento.

De qualquer forma, pelo que percebo num primeiro momento, além da ansiedade em si, está o estímulo das muitas informações e a velocidade que temos no contemporâneo. Estamos conectados a vários aparelhos que nos possibilitam uma velocidade surpreendente para receber e passar informação. Não precisamos mais estarmos fisicamente presentes em vários cenários para estabelecermos relações e trocas, e a velocidade com que isso é feito traz suas consequências.

Se não precisamos mais estarmos fisicamente num local para exercermos uma atividade profissional, o nosso trabalho e outras atividades estão 24h ao alcance da mão. Os softwares e aplicativos são atualizados rapidamente e outras formas de conectividade estão sempre surgindo. E aqui não estou fazendo críticas a tecnologia, porque não há mais como ficarmos sem ela e os seus benefícios são inegáveis. O problema não está na tecnologia mas sim, em como lidamos com ela.

Além disso, existem as multitarefas para darmos conta de todas as atividades do meio profissional e pessoal. Para sermos bem sucedidos nas nossas metas, de maneira geral é claro, precisamos dar conta do nosso trabalho, que muito provavelmente não está no desenvolvimento de uma tarefa apenas, bem como de estarmos atualizados nos grupos e nas principais redes sociais, etc. Portanto, se não colocarmos limites nas nossas atividades e estabelecermos um certo autocontrole, facilmente estaremos a mercê de um estado frenético de estímulos.

O que percebo também, é muita autocobrança em sermos muito eficientes para atendermos a toda essa demanda, para atendermos as expectativas que supomos que o meio tem sobre nós e sobre a nossa performance. Quanto mais tentamos dar conta dessas multitarefas, mais a mente está estimulada para atender essas situações e mais distantes do nosso centro de equilíbrio estamos. Na maioria das situações, não há mais tempo e pausa para voltarmos ao centro ou sequer analisarmos com calma algumas situações que poderiam ter uma condução diferente. Ou ainda, e não mesmos importante, colocarmos limites para nós e para as expectativas que o meio deposita em nós.

Mas, além do contexto do contemporâneo, temos também situações individuais. Algumas pessoas durante as primeiras fases do seu desenvolvimento, não foram atendidas da maneira necessária ou minimamente satisfatória. Outros também nas mesmas fases, tiveram que realizar uma adaptação muito severa para conseguir superar as oscilações e ausências de um grupo familiar não bem estruturado ou disfuncional.

Nesses núcleos familiares disfuncionais as crianças podem estar submetidas à violências, pais severos e exigentes que esperam que a criança seja um “mini adulto” com respostas e posturas adultas, o que é impossível. No caso de pais doentes alcoólicos ou dependentes químicos de maneira geral, a criança não sabe qual será a reação do pai/mãe que vão encontrar em casa, porque num momento está bem e quando sob efeito de drogas pode chegar a violência. Mães e pais muito jovens ou que ainda não tenham maturidade e responsabilidades suficientes para ampararem, acolherem e ajudarem a formação de um indivíduo. Crianças abandonadas, adotadas após várias tentativas ou aquelas que ainda estão em adoção após essas tentativas. Crianças que vivem violência moral ou física, etc, situações essas abrem um espaço para o desenvolvimento de um quadro ansioso, além de outros possíveis.

Algumas característica da ansiedade e mente acelerada
O quadro ansioso tem várias características e cada pessoa vai manifestar do seu jeito. A maioria dos ansiosos que atendo apresenta principalmente um campo mental excessivamente ativo, dificuldade de dar continência ao excesso de sobrecarga mental, insônia, dificuldade de concentração, dificuldade de memória, estresse, inquietação física e cansaço pelo excesso de atividade do campo mental, que para alguns não diminui sua função, se é que isso é possível, nem quando dormem.

Na mente acelerada se observa que as pessoas “atropelam” ou “engolem” palavras, nem sempre conseguem um discurso claro ou preciso, são multitarefas mas não necessariamente eficientes nestas situações. Déficit de atenção, déficit de memória, pressa, dificuldade para terminar tarefas, ruminação de pensamentos, erram constantemente, não deixam as pessoas falarem ou terminarem frases, sensação de apreensão, etc.

Terapia floral e ansiedade
Os florais trabalham pelo equilíbrio de um sistema. Apesar de serem organizados por temas como medo, controle, angústia, tristeza, etc, nós não somos segmentados nem nas emoções e nem nos comportamentos. Todo o nosso sistema físico, emocional e mental, trabalha em conjunto, numa relação de interdependência ou de relacionamento contínuo entre as suas partes.

Portanto, quando uma pessoa está tomando um floral mesmo que específico para um tema, é muito provável que o sistema ou uma parte dele, se beneficie e passe a se organizar mais harmoniosamente. Vamos pegar o exemplo de uma pessoa ansiosa que toma somente uma essência que trabalha algumas emoções associadas a ansiedade. É muito provável que ela perceba uma melhora considerável em algumas emoções e sensações. Ela pode ter uma melhor concentração, diminuição do stress, perceber um certo alívio e um sono bem mais reparador. Se isso tudo acontecer, o seu desempenho na vida de maneira geral vai melhorar, e isso vai se refletir não só na sua vida social mas também no seu desempenho profissional. E o corpo físico apresentará a consequência disso, possivelmente um maior relaxamento geral e melhor disposição. Assim, podemos perceber a amplitude que uma única essência pode provocar no sistema de um indivíduo.

Agora pense numa pessoa que passa a tomar vários florais num processo contínuo e ritmado, que é a terapia floral. O benefício na maioria das vezes é enorme! Porque boa parte do sistema será estimulado à harmonia e com o tempo adequado é possível uma mudança de comportamento e não somente um alívio temporário. A mudança para um comportamento mais equilibrado, percepção da capacidade para lidar com os acontecimentos com estabilidade emocional e mental (empoderamento) e portanto mais segurança e desenvoltura. Por consequência melhora a percepção de outras capacidades que até então não percebia. Sensação de bem-estar geral, é a mais comum consequência que rapidamente é percebida da terapia floral.

Florais e ansiedade
Existem florais mais adequados as emoções associadas à ansiedade mas, mesmo assim depende da pessoa. Porque os florais não lidam com doenças ou diagnósticos. Não existem florais para a ansiedade como patologia ou para os transtornos de qualquer ordem. Os terapeutas florais tratam os indivíduos e não as doenças. E como cada indivíduo percebe a si, o que sente e como vivencia isso.

Dito isso, vamos a alguns exemplos. Uma pessoa que apresenta as características clássicas de uma ansiedade pode se beneficiar muito com o Impatiens que trabalha o ritmo adequado, o fluir com os ritmos da vida e dos outros. O comportamento ansioso de maneira geral tende a ir mais rápido do que a vivência da própria experiência, com a sua atenção voltada para o que virá depois do momento presente. Ao fazer isso, a pessoa perde a experiência do agora com todo o aprendizado e a vivência que o presente traz. Assim, enfraquece o seu campo de experiência, aprende menos, pode errar mais por consequência, se estiver em grupo, perde a troca com os outros a sua volta, atropela o tempo de aprendizado do outro, podendo se tornar irritável e intolerante. Com Impatiens a pessoa pode aprender a permanecer no presente, aprofundando a troca e a experiência, aceita e lida com o ritmo dos acontecimentos.

Mas as emoções associadas a ansiedade podem surgir por outras questões, como dificuldade em lidar com os seus próprios problemas e angústias, num perfil que prefere estar no centro dos acontecimentos, festas, reuniões sociais, de grupos, etc, para fugir do contato consigo mesmo. Esse movimento de não poder entrar em contato com as suas próprias questões pode gerar um tormento, angústia e ansiedade, tudo isso por traz de uma aparente personalidade alegre, festiva e popular. Para estes casos, podemos pensar em Agrimony que ajuda a entrar em contato com as nossas emoções, nos fortalece para lidarmos com as nossas dores emocionais e assim conseguirmos chegar numa melhor harmonia interior.

O medo e a vergonha também podem desencadear as emoções associadas a ansiedade. Principalmente para pessoas mais sensíveis que ficam agitadas em várias situações que, aos olhos dos outros, seriam considerados comuns. As pessoas mais sensíveis quando tem medo ou vergonha de falar em publico, ou sequer de ser apresentado num grupo por receio do que vão falar ou pensar sobre elas, podem sofrer mais porque qualquer comentário pode ferir seus sentimentos ou passar a duvidar das suas capacidades. O impacto da resposta do outro parece ser mais intenso em pessoas mais sensíveis, parecem mais expostas a internalizar a crítica, talvez por duvidarem das suas capacidades ou talentos. Esse seria mais próximo ao medo Mimulus.

Quem vivencia muito medo ou vergonha passa a estabelecer um estado de atenção constante para evitar aquilo do qual tem medo ou evitar a exposição, que é um verdadeiro pesadelo para os tímidos. Ao entrar neste estado de alerta e evitação permanente, pode desenvolver várias emoções inclusive a ansiedade. Nesses casos, Mimulus pode ser uma grande ajuda por trazer força para lidarmos com as situações, coragem para enfrentar os desafios e acreditar no bom andamento e desfecho dos acontecimentos. Mimulus ajuda a entrarmos em contato com o nosso propósito maior, colaborando a viver de forma mais livre e encorajada para experimentar os acontecimentos.

Mas também existe o medo Aspen, que pode gerar ansiedade. É o medo do que não é conhecido, as impressões de que algo ruim está acontecendo. Essas impressões são captadas, percebidas e não passam pelo racional. Essa é uma sensibilidade de quem se sente exposta as percepções e vibrações do meio e não a crítica ou a avaliação do outro.

Outra situação geradora de ansiedade é a preocupação constante, principalmente quando dirigida ao bem-estar daqueles que amamos. Não temos como interferir no processo do outro. O outro é livre, ou deveria ser, para conduzir sua vida como bem entender e se lançar no mundo com todos os seus riscos. Quem sofre com esta preocupação vive momentos de verdadeira tortura onde um processo ansioso constante pode se estabelecer. Muitas mães sofrem com essas preocupações mas, não só elas. E a forma como a nossa sociedade está vivendo não contribui muito para aliviar as reocupações de maneira geral. Para esses casos, Red Chestnut tende a ser o melhor floral, pois trabalha justamente a preocupação com e bem-estar do outro de maneira excessiva. Em alguns casos o medo é tão grande que acaba fantasiando problemas, podendo viver períodos de verdadeira obsessão pelo medo desmedido. Um estado ansioso é um dos primeiros a se estabelecer nesses casos. Red Chestnut ajuda a pessoa a manter-se confiante no desenvolvimento dos acontecimentos, com mais equilíbrio, pensando de forma mais calma e dando um suporte tranquilo ao outro, empoderando e não enfraquecendo o outro diante de tantas preocupações.

E quando as emoções associadas a ansiedade trazem uma profusão de pensamentos, ou pensamentos ruminantes, uma mente acelerada, com pouca capacidade de entrar num ritmo adequado, pensamos em White Chestnut. Este floral ajuda a recuperar a tranquilidade mental desarticulando o revolver de pensamentos incessantes. Proporciona mais quietude, calma e clareza trazendo repouso e paz à mente. Assim é capaz de dar orientação construtiva ao seu campo mental não ficando mais a disposição de pensamentos “gatilhos” para a ruminação de ideias e reviver de situações, diálogos, músicas, etc.

Um floral muito importante mas que não lida diretamente com a ansiedade ou mente acelerada é Cherry Plum. No estado negativo pode chegar ao colapso mental. No positivo ele trabalha o autocontrole, equilíbrio, confiança, e proporciona continência às situações mentais e emocionais internas que parecem não ter controle. Ele traz confiança e uma espécie de rede de proteção para novamente conseguirmos lidar com os acontecimentos. Sempre que se apresenta um quadro onde a ansiedade está dominando boa parte do estado mental de uma pessoa, Cherry Plum deve estar na fórmula.

Dá pra perceber que tudo depende do indivíduo, sua história, seu estado e comportamento para escolhermos o florais adequado a cada pessoa e situação. As fórmulas precisam ser tão personalizadas tanto quanto somos individualizados.

Dezembro de 2016 por Keila Bis

Terapia Floral: a busca da cura em si mesmo

Matéria publicada no Diário de Ourinhos

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Você, com certeza, já ouviu falar sobre os florais de Bach. No entanto, mesmo tendo ouvido falar sobre eles, muitas vezes não sabemos, ao certo, do que se trata. Na década de 1930, o Dr. Edward Bach buscou nas flores, plantas e árvores a cura para males associados as nossas emoções, e aos aspectos sutis de nossa existência. Foi, então que ele criou o sistema Florais de Bach.

O Dr. Edward Bach, médico infectologista inglês, organizou o seu sistema de florais que leva o seu nome, numa alternativa de tratamento natural a seus pacientes. A ideia era tratar com remédios que ajudassem a restabelecer o equilíbrio e, consequentemente, a saúde, sem produzir os efeitos colaterais que os medicamentos já traziam na época.

Assim, com muitos estudos, análise de casos e desenvolvimento de pesquisas, desenvolveu os Florais de Bach com 38 essências e um composto emergencial, que trabalham tanto as nossas emoções, como o nosso campo mental. Com a sua prática em Medicina embasada por sua sabedoria, desenvolveu uma filosofia sobre tratamento e cura dos indivíduos entendendo que há uma relação direta entre respeito a sua própria natureza e o seu propósito, e o seu equilíbrio, alegria e saúde. A sua filosofia é à base de uma prática terapêutica chamada Terapia Floral.

O seu sistema é reconhecido mundialmente e a Organização Mundial da Saúde (OMS) assim se coloca: “Cada remédio trata uma determinada pessoa e uma condição particular. O uso de todos estes remédios (florais) está amplamente distribuído pelo mundo em pequena escala. Eles são excelentes para o autocuidado, sendo totalmente sem efeitos colaterais e assim não oferecem perigo caso um remédio errado seja prescrito”.

De acordo com a terapeuta flora Ana Roxo, hoje os florais são considerados uma prática complementar e integrativa de saúde, que podem proporcionar o bem estar e a possibilidade de equilíbrio emocional e mental. “Os florais são de uso livre e atualmente existem muitos sistemas florais nacionais e internacionais. Cada sistema floral tem números variados de essências florais que abarcam uma quantidade bastante razoável de características de personalidades e comportamentos”, explicou.

Os florais são extratos líquidos artesanais basicamente de flores, que possibilitam um realinhamento mental e emocional, pois trazem uma informação da natureza que em contato com outro campo de semelhante estado, pode promover o equilíbrio e a mudança de um comportamento.

Quando falamos de campo metal não estamos relacionando a problemas psiquiátricos e sim, mentes que não param, o medo de perder o controle mental ou ainda pensamentos repetitivos etc. “As doenças são da área médica, mas as crises emocionais os estados ansiosos, tristezas persistentes, dentre vários outros comportamentos, podem ser tratados com florais. Eles também podem amparar e ajudar nos processos de tratamentos da medicina tradicional, como coadjuvantes”, afirmou.

A utilização dos florais pode ser para casos pontuais onde existe uma questão imediata como uma prova, vestibular, uma mudança etc, como para comportamentos arraigados que se confundem a história de vida de um indivíduo. Para situações pontuais uma ou duas fórmulas geralmente trazem o benefício esperado.

Apesar dos florais serem de uso livre, é recomendável que essas fórmulas sejam elaboradas por profissionais preparados que indicam florais ou serem solicitados diretamente nas farmácias que têm esse serviço. Para situações mais arraigadas algumas fórmulas são necessárias e neste caso, uma Terapia Floral pode ser a mais recomendada.

A Terapia Floral é um método tranquilo para restabelecer o equilíbrio e a integridade emocional e mental, apoiado principalmente na indicação das essências florais. É um programa de consultas onde o cliente pontua as características que percebe em si e que lhe causam algum tipo de desconforto, dano ou prejuízo. São indicadas as essências florais pertinentes às características que foram trazidas promovendo, assim a possibilidade da restauração da harmonia e do bem-estar.

“Num clima de igualdade e não de análise, os diálogos durante as consultas ajudam na identificação das características que serão tratadas e também na liberação da energia emocional dos acontecimentos e sentimentos vividos. Facilitando, assim o processo da liberação emocional e a possibilidade da sua diminuição”, ressaltou.

O profissional de Terapia Floral tem uma capacitação e formação específica para amparar um processo terapêutico que envolva questões da formação da personalidade ou de situações onde a profundidade emocional em vivências às vezes traumáticas esteja presente. No Brasil, a profissão de Terapeuta Floral já é reconhecida e foi enquadrada dentro das atividades de práticas integrativas e complementares em saúde, recebendo o código 8690-9/01 da Comissão Nacional de Classificação (CONCLA), órgão responsável pela classificação de profissões e ligado ao Ministério do Trabalho e ao IBGE.

Segundo Ana, para aqueles que querem usar para o autocuidado é também recomendável que faça um dos vários cursos disponíveis sobre os florais de Bach, para que se auto indique com segurança e capacidade de entender o seu processo de autoconhecimento.

“Segundo Dr. Bach, nós nos desequilibramos e somente nós mesmos podemos voltar ao equilíbrio, amparados pela Medicina quando do caso de doenças e pelos florais quando se tratarem de estados emocionais ou mentais. Os Florais nos ajudam a ‘lembrar’ a nossa natureza em equilíbrio e assim nos ‘mostrar’ o caminho de volta ao bem estar e a harmonia”, finalizou.

Publicada em 7/11/2013 no Diário de Ourinhos

Superando os Medos com Mimulus

Matéria para a revista Bianchini

Nos dias de hoje existem vários motivos que podem contribuir para intensificar ou trazer à tona algumas emoções muito naturais mas, pouco agradáveis, que os desafios do nosso modelo de vida nos traz.

São necessidades profissionais que nos impõe um ritmo intenso e competitivo, numa incessante necessidade de atualização de técnicas e informação; preocupação com a segurança pessoal e da família; incertezas com o futuro; além das nossas dificuldades individuais, aquelas características que por vez ou outra dificultam o andamento normal do dia-a-dia.

Neste ritmo acelerado, muitas vezes demoramos para perceber os nossos sentimentos de insegurança, medo, timidez ou sensação de inadequação diante destas situações desafiadoras e que, equivocadamente, já incorporamos como “normais” do nosso cotidiano.

Nenhum sentimento é gratuito e nenhum estado emocional surge sem um fundamento. O medo, apesar de não ser agradável, é um sentimento muito importante porque ele tem função útil. Ele é necessário para a manutenção da vida no que diz respeito a prudência, a compreensão do que nos amedronta e a possibilidade de superação quando nos desafiamos e nos tornamos mais conscientes do que somos. Assim, ele ajuda o nosso desenvolvimento emocional nos dando oportunidades de enfrentar situações e termos noção das nossas capacidades e limites. Mas a sua utilidade só se estabelece a partir da possibilidade de superação. Do contrário ele será apenas um limitador.

O medo é uma emoção caracterizada por um impulso de dor ou agitação produzido pela perspectiva de um mal iminente, real ou imaginário, desencadeando sensações de ameaça, perigo, desproteção, dor ou morte.

O grande desafio que o medo proporciona é a sensação de que não conseguiremos enfrentar aquilo que nos provoca medo, é como se estivéssemos vulneráveis ao acontecimento e fôssemos sucumbir ao evento, mesmo que o objeto do medo seja banal se percebido através da racionalidade. Nesse sentido, alguns casos podem chegar a fobias.

Para nos ajudar a enfrentar essas situações a essência floral Mimulus do sistema de Bach atua exatamente nestas emoções: medos e inseguranças cuja causa é conhecida. Temos vários exemplos diários deste tipo de emoção: medo de não corresponder às expectativas que a nossa atuação profissional exige; insegurança para andar sozinhos a noite, timidez para falar em público, medo de doenças ou acidentes, medo de ir ao dentista, de dirigir, de viajar de avião, etc.

As pessoas que precisam de Mimulus geralmente são ou estão mais sensíveis, sentido-se vulneráveis diante de algumas situações e, além do medo, sentem insegurança, timidez, ansiedade ou agitação, podendo pender para a introversão ou o distanciamento de algumas circunstâncias.

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Mimulus ajuda a devolver a virtude da coragem, transformando esses sentimentos desconfortáveis e limitantes em força para entender as nossas posturas internas diante do objeto ou situação que provoca medo, possibilitando a superação dele ou o equilíbrio deste estado e assim, descortinando uma outra causa que pode ter sido a base para o medo ter se estabelecido.

Essa essência ajuda a resgatar o equilíbrio que foi quebrado quando o medo se estabeleceu. Como disse Dr. Edward Bach ” O medo por seu efeito depressivo sobre a nossa mente causa desarmonia entre os nossos corpos físico e magnético, preparando o terreno para a invasão de qualquer agente nocivo ao nosso organismo, aumentando a suscetibilidade negativa às doenças.”

A coragem nasce a partir do encontro da nossa mente com a nossa verdadeira intenção e propósito. Mimulus, assim como todas as essências florais, faz a sintonia fina entre a nossa alma e a nossa personalidade para vivermos plenamente a nossa individualidade.

Revista Bianchini – Abr/2006

Buquê de Energia

Depoimento para o Jormal O Estado RJ

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Depoimento para o Jornal O Estado RJ sobre Terapia Floral, onde eu e outros colegas contribuímos com informações para elaboração da matéria.

Na seção de Comportamento voltado para saúde, a matéria aborda como a Terapia Floral pode tratar diversos problemas a partir da filosofia do Dr. Bach e a recomendação dos florais.

 Jormal O Estado RJ – Mar/2012

Anuário de Saúde

Anuário de Saúde Bianchin

O Anuário de Saúde da Bianchini é um guia que pretende auxiliar na informação sobre os principais profissionais da área da saúde em Sorocaba, uma cidade que teve um crescimento muito expressivo na área empresarial e industrial nos últimos anos, fazendo aumentar significativamente o número de moradores e visitantes à região.

A Terapia Floral é uma das práticas de busca ao equilíbrio e bem-estar divulgada no anuário, onde foi abordado como desenvolvo essa técnica e explico como as essências florais e a terapia podem ajudar na obtenção da saúde emocional e mental.

O Anuário é uma iniciativa da Editora A2, uma editora já tradicional na região, que supera a cada produto desenvolvido a busca pela qualidade do seu material e conteúdo, sempre atualizada com as novas tendências.

Anuário de Saúde Bianchini
Especialidade Terapia Floral – Editora A2 – Jun/2011

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Florais e Emoções Femininas

Entrevista sobre florais e emoções femininas para a Revista Vida Natural & Equilíbrio

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A edição 54 da revista Vida Natural & Equilíbrio aborda a Terapia Floral como aliada a algumas emoções femininas nas várias fases que nós mulheres passamos durante a vida. Numa entrevista realizada comigo e com outras colegas profissionais, a jornalista Lila Oliveira escreve sobre algumas essências florais que podem ajudar nesses momentos.
A entrevista fala de várias essências de diferentes sistemas florais, apropriadas para a tensão pré-menstrual e menopausa, e as emoções associadas a esses estados, como irritabilidade, ansiedade, vulnerabilidade, instabilidades emocionais, etc.

Incertezas, carência e insegurança, acompanhada de problemas físicos, como dores de cabeça, inchaço e cólicas. Se você é mulher e tem entre 20, 40 e 60 anos, com certeza já gastou muita energia tentando se livrar desses companheiros nada agradáveis. Entre as centenas de práticas terapêuticas já desenvolvidas para enfrentar esses e outros desconfortos, a terapia floral está entre as mais procuradas. Isso porque as famosas gotinhas não são indicadas para tratar doenças específicas e sim, emoções e comportamentos em desequilíbrio, que, por sua vez, podem estar relacionadas a várias desordens físicas, de acordo com a terapeuta Ana Roxo, de São Paulo.

Classificação das Essências
O sistema Flora de Bach é o mais conhecido – pelo pioneirismo do seu criador, Edward Bach, que norteou as pesquisas posteriores – mas existem muitos outros grupos de extratos de flores que atuam na resolução de conflitos internos relacionados a doenças. “Os princípios florais foram pesquisados e organizados de forma semelhante mas, cada um tem suas peculiaridades. Os de bach por exemplo, baseiam-se em questões mais estruturais da personalidade, enquanto os de Filhas de gaia, desenvolvidos a partir de flores do cerrado brasileiro, trabalham amplamente as questões femininas”, explica. Ainda existem os Florais da Califórnia, Bush Australiano, saiote Germain, Minas e mais.

Turbulência Emocional
Os florais são bastante úteis na fase mais crítica do mês para a mulher, que antecede o fluxo menstrual. para o maior incômodo físico da tensão pré-menstrual (TPM) – a cólica – a terapeuta indica o Chamomile do sistema californiano. Além de aliviar a dor, a essência traz equilíbrio e disposição , assim como o Feminais de Minas recomendado também para diminuir a dor de cabeça e a retenção de líquidos. Um dos mais populares entre os Florais de Bach, O Recue Remedy é outra opção para ajudar a combater a cólica.

A beira de um ataque de nervos
As dores de cabeça, também característica desse período, costumam vir acompanhadas de alterações de humor. Então que tal acabar com essa tormenta com uma dose de Purpureum dos florais Saint Germain? Ele atua na desorganização emocional que se manifesta na TPM, afirma Ana Roxo. Dois florais da Califórnia, além do Chamomile, a profissional destaca o Apricot para atenuar a irritabilidade. O Magnólia, do mesmo sistema, é sugerido para mulheres que se sentem frustradas e vulneráveis. “Esse extrato trabalha sobre as questões como auto confiança e otimismo, evitando que os fatos sejam vistos de forma dramática e distante da realidade”. Bloqueio emocionais também podem ser sanados com a essência She Oak do Bush Australiano.

Revista Vida Natural & Equilíbrio
Editora Escala – Out/201 – por Lila Oliveira

Durma bem

Depoimento sobre florais para a revista Vida Natural & Equilíbrio

O sono é uma das atividades essenciais para uma vida saudável. De acordo com estudos recentes, a falta desse descanso noturno está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares. Abaixo, veja como voltar a contar carneirinhos utilizando os florais.

– Rescue Sleep: floral criado para tratar os distúrbios do sono principalmente os que resultam do estresse. Sua fórmula proporciona tranqüilidade e harmonia para que a mente relaxe de forma adequada.

– Red Chestnut: indicado para neutralizar os medos mais profundos trazendo conforto e tranqüilidade. Facilita um sono calmo e reparador.

– Scleranthus: opção para tratar a ansiedade, principalmente nos momentos de decisão. Ajuda a diminuir o desgaste mental.

– White Chestnut: floral para acalmar a mente. Ele a tranqüiliza e faz com que se desenvolva a capacidade de discernimento.

– Boronia (Bush Australiano): ajuda a diminuir os pensamentos repetitivos. Indicado para ajudar as pessoas à adormecer.

(…)

Obs.: os florais de Bach foram criados pelo médico Edward Bach (1886-1936), na Inglaterra. Tratam-se de pequenas essências extraídas das flores, que ajudam no equilíbrio das emoções e estados mentais. Geralmente, a dose recomendada é de quatro gotas, quatro vezes ao dia (uma de manhã, duas durante o dia e uma à noite), que podem ser gotejadas diretamente na língua ou em um pouco de água. Antes de seguir qualquer tratamento é necessário procurar um especialista.

(…)

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Revista Vida Natural & Equilíbrio – Ago / 09

Almanaque de Terapia Floral

Revisão de conteúdo dos Florais da Califórnia (FES)

CM_Crianca

O Almanaque de Terapia Floral é uma iniciativa da Editora On Line que disponibiliza o acesso à essas edições no seu site.

O conteúdo do almanaque é de excelente qualidade e aborda os principais assuntos da terapia floral, como comportamentos, artigos com profissionais da área, conceitos básicos de vários sistemas florais nacionais e internacionais, notícias de livros e cursos além de imagens belíssimas das flores dos sistemas.

Com uma diagramação de muito bom gosto e preço acessível é uma leitura imperdível para quem gosta desse universo e quer informação de qualidade.

Parabéns aos envolvidos neste projeto e agradeço à todos através da redatora Ângela Arraya!

Acesse o site: www.editoraonline.com.br
Informações importantes:
. Florais não são medicamentos, são remédios para o autocuidado, de uso livre e sem efeitos colaterais (OMS).
. As essências florais trabalham pelo equilíbrio emocional e mental dos indivíduos, atuando no corpo físico por conseqüência desta harmonia;
. O tratamento com florais não substitui tratamentos médicos tradicionais ou vice-versa.
. As essências florais são melhor aproveitadas dentro de um tratamento terapêutico, embora a sua utilização circunstancial seja de grande benefício.

Almanaque de Terapia Floral - Edição 002
Abril / 2011

Felicidade é…

Depoimento sobre Florais e Felicidade para Revista Marie Claire

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“… ter equilíbrio emocional

A terapeuta floral Ana Roxo indica duas essências que agem sobre o equilíbrio e ajudam a reforçar a alegria de viver.

. Se você é séria demais e costuma ficar mal-humorada, experimente a essência floral “Zinnia” (Califórnia), que atua sobre a sua disponibilidade para brincar e levar a vida com mais leveza.

. Se a sua expressão usual é tensa e preocupada, e você se sente pouco espontânea, tente “Little Flannel Flower” (Bush Australiano), que pode ajudá-la a encarar todas as situações com o espírito mais leve.”

Revista Marie Claire – Jan/2009
Depoimento sobre Florais e Felicidade

Sono Tranquilo

Depoimento sobre florais e o dormir para Revista Bianchini

“As essências florais trabalham pelo equilíbrio emocional e mental, atuando no corpo físico por conseqüência desta harmonia. Essas essências, que não substituem o tratamento da medicina tradicional, vão ajudar no distúrbio do sono, como pesadelos, terror noturno e sonambulismo.

Para quem tem sonambulismo, por exemplo, um dos florais mais indicados é Saint Jonh’s Wort, que trabalha a vulnerabilidade psíquica, medos profundos e sonhos muito perturbados.

A terapia floral também ajuda a tratar depressão, estresse, timidez, menopausa, entre outros desequilíbrios”.

Revista Bianchini – Nov / 08
Depoimento sobre florais e o dormir

CM_Crianca

Inspiração Floral

Depoimento sobre florais e dieta para Revista Marie Claire

CM_Crianca

“O temido efeito sanfona muitas vezes é desencadeado por um desequilíbrio emocional. Naqueles períodos em que você percebe que está abrindo a geladeira movida a estresse, tensão e ansiedade, a terapia com florais pode ajudar muito.

Para esses casos, as essências mais indicadas são Impatiens (Florais de Bach), Lavender e Chamomile (Califórnia).

Para quem sente uma necessidade incontrolável de comer açúcar ou tem qualquer outro tipo de compulsão alimentar, a indicação é a essência Cana-de-Açúcar (Filhas de Gaia) e também Cherry Plum (Florais de Bach), adequado para estados compulsivos de maneira geral”.

Revista Marie Claire – Out / 08
Depoimento sobre florais e dieta

Organização e Bem-Estar

Texto para Site Lelilás

Imagine-se entrando num ambiente onde quase tudo está fora do lugar. Móveis colocados sem planejamento, tapetes enrolados sobre poltronas, quadros no chão ainda para serem pendurados, objetos de decoração sobre o sofá, sobre móveis cobertos, outros no chão perto de almofadas, puf e cortinas amontoadas. Objetos que nem pertencem a esse ambiente como caixas com compras ajudam a compor um local confuso. Nessa desorganização não dá pra perceber se o ambiente é espaçoso ou se os móveis e objetos tem valor econômico ou estético. O foco é na desordem geral. E em pouco tempo surge um incômodo, uma a vontade de não permanecer por muito tempo nesse lugar.

E se essa desorganização fosse interna, dentro e nós? Uma mente que não para de registrar tarefas, acontecimentos, lembranças que parecem aleatórias, sentimentos desconexos, excesso de informação, um certo mal estar físico e ao mesmo tempo muitas atividades sendo realizadas sem perceber claramente o que está sendo feito e o que acontece a sua volta.

Essas condições podem levar a improdutividade, stress, ansiedade, falta de concentração, sentimentos de angústia, abrindo portas para outros desequilíbrios emocionais, mentais ou físicos.

Assim como a organização do espaço a nossa volta, a mínima organização interna é fundamental para percebermos como estamos nos sentindo e o quanto estamos contribuindo para uma sobrecarga além daquela que julgamos inevitáveis e “normais” dentro do modelo de vida atual. A vida é mudança, adaptabilidade e transformação. Mas, com tanto movimento e variáveis é fácil entrarmos em desequilíbrio nos deixando levar pelo ritmo alucinado nos dias de hoje.

CM_Crianca

Na verdade, é através da organização que conquistamos uma estrutura. Seja de uma auto-organização, de uma rotina ou de uma metodologia administrativa, a organização nos permite sustentar e viabilizar objetivos com melhor desempenho, espaço para vida pessoal, estabelecendo um equilíbrio e uma vida mais saudável.

Em momentos tumultuados com muitas atividades ao mesmo tempo, a essência floral Indian Pink do Sistema da Califórnia ajuda a nos mantermos mais centrados e focados mesmo sob tensão ou na coordenação de diversas atividades. Contribui para o estabelecimento de prioridades e a organização delas. Ela acalma, diminui a tensão, proporciona ponderação diante do excesso, ajuda a focar em objetivos centrais ao invez dos detalhes ou em muitas informações que não contribuem para o objetivo principal.

E é do equilíbrio que se atinge o bem-estar. Na harmonia da mente, das emoções e do corpo físico é a organização que permite o estar no presente, e viver plenamente as nossas capacidades, relacionamentos, desempenhando as atividades satisfatoriamente e obtendo prazer com a vida.

Na Flor da Infância

Coluna para Revista Bianchini

Que criança você tem em casa?

A hiperativa ou a quietinha e tímida? A mandona ou aquela dócil demais? Ou será a ciumenta, que briga e não quer saber de dividir seus brinquedos?

Em cada comportamento infantil, muitas informações nos mostram o quanto de atenção temos dado, de mais ou de menos, às características de temperamento das crianças. Pela natureza da fase, não expressam racionalmente de forma articulada os seus desejos, necessidades e contrariedades; mas como são implacáveis nas atitudes! Nos mostram exatamente o que querem e o que pretendem que a gente não faça! Principalmente naqueles momentos de exuberante demonstração de choro, chiliques e berros que quase nos levam a loucura, desafiando os nossos limites.

Elas nos ensinam sempre. E com transparência e autenticidade mostram que os momentos difíceis passam, quando um minuto depois do choro já estão rindo e brincando. Que pequenos gestos, sorrisos, olhares cúmplices e envergonhados falam mais do que qualquer frase elaborada. Precisam de cuidado, apoio e segurança para tornarem-se adultos saudáveis. E compreensão, carinho e amor é a maior parte do que precisam.

São várias as essências florais que podem ajudar as crianças a equilibrar os comportamentos mais fortemente caracterizados. A título de informação, Chamomile para crianças hiperativas, traz tranqüilidade e relaxamento. Esta essência tem amplo espectro de atuação na tensão e instabilidade emocional, no nervosismo, cólicas infantis, etc.

Lavender também é indicada para hiperatividade por ser considerada um tônico diante da inquietação, tensão e excitação.

Mimulus para as crianças tímidas, traz coragem e segurança, estimulando uma postura menos defensiva e a se expressar naturalmente. Centaury para as crianças muito passivas, ajuda a perceber e respeitar as próprias necessidades. Entre muitas outras.

Apesar das essências florais atuarem muito bem em crianças, porque normalmente são muito receptivas às essências, o comportamento dos pais é fundamental na educação e desenvolvimento delas.

Se a criança apresenta alguma característica que a está impedindo de atuar no mundo de forma natural e trazendo algum prejuízo, busque orientação e ajuda profissional.

Revista Bianchini - Fevereiro 2006

Além do Medo

Coluna para Revista Bianchini

Todos nós já sentimos algum tipo de medo. Aquela sensação desagradável de que algo muito ruim pode acontecer, de que estamos vulneráveis e não vamos conseguir enfrentar alguma circunstância. Muitas vezes tentamos fugir destas situações ou paralisamos por algum momento diante delas.

Mas quando o medo se torna exagerado, toma proporções de difícil controle e nos faz perder o senso de presença diante das situações que se tornam ameaças, devemos olhar esse desequilíbrio com mais cuidado e buscar a opinião de pessoas qualificadas, porque o medo pode ter derivado para a fobia ou pânico.

Esses dois temas são distúrbios de ansiedade e ambos se caracterizam por medo intenso e irracional.

Fobia é o medo exagerado diante de uma situação ou objeto específico como por exemplo: medo de andar de elevador, insetos ou passar por túneis e lugares muito estreitos. Medo este que interfere na rotina de quem manifesta esse desequilíbrio, por causar limitações diante de determinadas circunstâncias. O indivíduo sofre de extrema ansiedade que pode provocar sintomas físicos como sudorese, aceleração cardíaca, falta de ar, desordem intestinal e até desmaios, além de ações e reações comportamentais imprevisíveis.

Já no pânico a primeira crise se dá sem motivo aparente e em qualquer situação; após a primeira crise, o indivíduo pode repetir o transtorno ao passar pelo mesmo local ou bastando lembrar-se da situação vivida, desencadeando assim uma nova crise. Os sintomas são basicamente os mesmos mas aqui, o medo de morrer é mais intenso podendo haver uma sensação de desconexão com a realidade. A pessoa chega a pensar que pode morrer por um colapso provocado por estes sintomas ou pode achar que tem alguma doença grave. O corpo entra em estado de alerta para combater essa possibilidade de perigo e acaba por alimentar ainda mais todo o estado ansioso do indivíduo. Oferece graduações maiores de ansiedade a cada agravação do estado de alerta, desencadeando assim um círculo vicioso e provocando um mal-estar emocional, mental e físico de grande intensidade.

Nas essências florais do sistema de Bach podemos recorrer a ajuda de Rock Rose que trabalha o medo profundo, ajuda a enfrentar grandes desafios, provas ou situações onde nem sempre há tempo ou condição de pensarmos na melhor ação em função do sentimento de desespero. Nas situações de grandes emergências, simplesmente devemos avançar com coragem para o enfrentamento da situação.

O Rock Rose positivo são aquelas pessoas que vivem os desafios com determinação e força autotranscendente. Nos momentos de crises, enfrentam o desafio com centramento, foco e uma certa dose de tranqüilidade, nos trazendo presença de espírito e paz interior; como os profissionais que trabalham nos resgates e aqueles atuam em áreas médicas de emergências.

Outra essência de Bach indicada para estas situações, é Cherry Plum que trabalha o medo de perder o controle e cometer desatinos, sofrer um colapso mental ou agir por impulsos não desejados, destrutivos ou desesperados. Neste estado, o indivíduo acentua a sua necessidade de autodomínio, aumentando a pressão e a tensão interna e assim ficando mais suscetível a perda do controle em determinadas atitudes.

O Cherry Plum positivo são aquelas pessoas que, mesmo em situações graves ou extremas, conseguem agir com equilíbrio e confiança. Não são pessoas distantes ou que agem apenas pelo intelecto; são presentes, harmônicas e dotadas de sensibilidade. Ele auxilia a estabilizar a mente trazendo segurança serena ao indivíduo, possibilitando a percepção rápida dos impulsos e ajudando a expressá-los de uma maneira adequada antes de acumularem-se gerando mais tensão.

Quanto mais calmos e focados melhores são as chances de nos respeitarmos, contribuindo para a harmonia do nosso sistema e das nossas relações.

Revista Bianchini - Janeiro, 2006

Filhos do Tempo

Coluna para Revista Bianchini

Tudo começou em 1960 com o desenvolvimento dos métodos anticoncepcionais. Para as mulheres a partir daí: liberdade! Poder viver a sexualidade sem medo de uma gravidez num momento inadequado, possibilidade de cursar universidades e disputar o mercado de trabalho para também se realizarem no desenvolvimento de uma carreira; tornando-se emancipadas profissional e sexualmente.

É claro que nos dias atuais, os casais também adiam a possibilidade de ter filhos para poderem curtir o casamento, viajar ou se prepararem economicamente para este maravilhoso, e caro, investimento. Mas estes adiamentos ou indecisões que empurram para o futuro a opção de ter filhos, não arrastam junto o relógio biológico das mulheres.

Os homens também vivem os efeitos da queda hormonal mas, para as mulheres esta queda é vertiginosa a partir de certa idade. A faixa etária ideal para as mulheres terem filhos também mudou nos últimos anos. Antes era considerada a idade máxima aos 25, hoje já se fala em 30 anos. Ainda assim, muitas mulheres estão optando por uma gravidez perto dos 40.

Uma essência dos florais da Califórnia (FES) chamada Pomegranate pode ajudar na ambivalência ou culpa gerados pelo impasse, consciente ou não, entre ser mãe e o desenvolvimento de uma carreira profissional. Esta essência que é extraída da flor da Romã, considerada como símbolo do amor mais ardente, trabalha vigorosamente o feminino. A sua assinatura (estudo da forma cor e textura da planta) por sua cor vermelha e pela grande quantidade de grãos do seu fruto, é o símbolo da riqueza, fecundidade e fertilidade feminina.

Pomegranate ajuda as mulheres na dúvida entre criar filhos dedicando-se aos valores da família e dando continuidade a uma tradição ou optar em oferecer sua criação para o mundo através de uma profissão. Quando o conflito é muito grande, algumas mulheres podem sentir suas energias drenadas pela tensão psicológica a ponto de desenvolverem alguma doença física nos órgãos sexuais. Entre vários estados emocionais que esta essência trabalha, ela ajuda as mulheres nas fases da menarca e da menopausa proporcionando um equilíbrio da identidade feminina.

Pomegranate auxilia a promoção de um alinhamento consciente da sua capacidade de criação, podendo conduzir suas escolhas de forma mais tranqüila e conectada com a sua vontade diante da maternidade e do poder criativo.

Revista Bianchini - Março, 2006

Relacionamentos Dependentes

Coluna para Revista Bianchini

“Por que não consigo viver sem
este relacionamento?
Não o amo mais e até sinto alívio quando
imagino ter liberdade.
Mas não me vejo em outro relacionamento
porque sinto medo…. sinto que não
vou conseguir…
Por que não consigo viver sem ele?”


Não é difícil encontrarmos pessoas que estão num relacionamento que não as satisfaz em vários níveis. Sejam relações amorosas, de amizade ou familiares, um número razoável de pessoas se encontra num relacionamento ou num modelo de relacionamento, que já se esgotou. Relacionamentos que lhes fazem mal, sufocam, inibem, não promovem troca ou crescimento. E apesar desta consciência não conseguem se ver sem ele. Esta dependência é mais comum do que se imagina e acontece entre mães/pais e filhos, entre casais e até entre amigos.

A dependência emocional é a percepção que o indivíduo tem de não conseguir lidar consigo e com a vida de forma adequada sem a presença ou o auxílio de outra pessoa. Como se sente à mercê dos cuidados de alguém, que geralmente é uma pessoa próxima, familiar, cônjuge, namorada, etc, se submete a decisões, atitudes ou até abusos e humilhações pelo medo de romper o vínculo com quem consegue fazê-lo “funcionar” adequadamente como indivíduo.

São pessoas que não tomam decisões facilmente, mesmo as decisões mais simples, sem se assegurarem de conselhos e aprovação. Não agem com independência e podem não se tornar competentes ou ter sucesso em suas atividades, pelo medo que têm da pessoa da qual dependem perceber que podem atuar sozinhos no mundo, rompendo assim o vínculo que existe.

Quando o vínculo se rompe, o dependente busca desesperadamente qualquer outro relacionamento que lhe forneça o cuidado de que necessita, ficando em segundo plano o afeto e estabelecendo assim relacionamentos desequilibrados ou distorcidos.

Existem relatos que indicam que geralmente esse desequilíbrio surge após os 20 anos de idade e é considerado por algumas áreas do conhecimento como um transtorno de personalidade.

Uma ótima essência para esses casos é Centaury dos Florais de Bach. Ela promove força interior e o reconhecimento que precisamos agir primeiramente com o nosso propósito interior, não negligenciando as nossas necessidades. Assim nos relacionaremos com mais equilíbrio, não depositando no outro as nossas espectativas de reconhecimento e aceitação, o que significa maior independência emocional.

Se há um dependente há também um co-dependente, a pessoa responsável pela manutenção da “nutrição” do dependente emocional.

O co-dependente geralmente se caracteriza por ser uma pessoa permissiva por não estimular ou ajudar o dependente a andar pelas próprias pernas.

O co-dependente pode se caracterizar também por criar desculpas para justificar a prática deste comportamento que reconhece como “cuidar dos outros”. Sente que isso o faz responsável pelo bem-estar de outra pessoa se tornando então supervalorizado por ser o “apoio necessário” nesta situação. Tornam-se “vítimas” de um estilo de vida, chamando a atenção sobre si. Sejam quais forem as característica, essas pessoas se colocam mais a disposição do outro e seus problemas, negando suas próprias necessidades ou as colocando em segundo plano, porque pensam estar ajudando esse alguém. Raramente percebem que são co-dependentes.

Muitas vezes não percebem que conduzir a vida de um outro pode ser uma violência, uma invasão ao seu estado psíquico e acabar por não permitir seu crescimento.

Para as pessoas que estão neste estado ou aquelas que dão muita importância ao que os outros pensam ou falam em detrimento da sua própria opinião, a essência Red Chestnut de Bach ajuda na percepção do quanto este tipo de comportamento drena a energia do indivíduo e interfere no andamento nas situações.

Ela ajuda o indivíduo a zelar pelo bem estar do outro dedicando um cuidado tranqüilo e confiando no desenrolar positivo dos acontecimentos; conseguindo assim, perceber o que o outro representa em sua vida.

Ajuda a trazer consciência que cada um é responsável por si e que todos temos direito ao respeito à nossa individualidade.

Essa essência é ótima coadjuvante nas fórmulas para aquelas pessoas que se preocupam muito em como o outro vai reagir diante de alguma ação que vai praticar ou praticou. Pode ser indicada para pessoas em estados de apego excessivo ao outro, dependentes e co-dependentes emocionais ou químicos, em gestações complicadas, insônias pela preocupação com o outro e estados obsessivos.

A atenção, proteção e o cuidado incondicional pelo outro são as principais qualidades de Red Chestnut.

Revista Bianchini - Agosto, 2006

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