No século XX o desenvolvimento e a organização das essências florais são creditadas ao médico infectologista e homeopata inglês Dr. Edward Bach, que por volta de 1930 abandonou a carreira bem sucedida na medicina tradicional e passou a se dedicar na busca do alívio dos males dos homens junto à natureza; mais especificamente no entendimento de que as gotas de orvalho que se acumulam nas flores silvestres podem ser remédios.
Na verdade, há relatos de que outros povos há mais de 5.000 anos se utilizavam do orvalho como tratamento. Paracelso, médico alquimista do século XVI, também tratava o desequilíbrio dos seus pacientes com as gotas de orvalho recolhidas das plantas. Ele e Giambattista della Porta desenvolveram a Doutrina das Assinaturas, um estudo que defende que a forma física das plantas têm relação direta com as suas principais propriedades.
Por volta de 1928 Dr. Bach organizou seus estudos quanto aos grupos de semelhança de comportamento a que pertenciam alguns indivíduos observados por ele. Organizou dessa forma também, a sua pesquisa e sintonização das essências.
Após a organização do Dr. Bach, até 40 anos depois aproximadamente, entendia-se que a Terapia Floral fazia parte da medicina vibracional e as essências florais eram basicamente o campo energético ou vibracional das flores impregnados na água. E que, quando em contato com a energia de mesma freqüência no nosso organismo, equilibraria determinados sintomas. Mais recentemente, entende-se que as essências florais trazem em seu conteúdo um campo de consciência (informação) da planta. E que em contato com outras informações (consciências) em desequilíbrio do nosso sistema, movimentem essas informações mais próximas ao nível equilibrado da natureza.
Filosofia
Dr. Edward Bach fundamentou a pesquisa das essências florais em conhecimentos e percepções que constituem até hoje a base dessa terapêutica.
Essa sabedoria que conhecemos como a filosofia do Dr. Bach, apresentou uma outra maneira de se entender as enfermidades, propondo que se tratasse o doente e não somente a doença, sugerindo que o indivíduo em conflito profundo, intenso ou duradouro pode ser também parcialmente responsável pelo seu desequilíbrio, muitas vezes inconscientemente.
A organização das essências florais e o modelo de tratamento na forma como se apresentam hoje, praticamente não mudaram desde que Dr. Bach realizou os seus estudos e organizou essa prática. Esses ensinamentos são a base da Terapia Floral e portanto, não se pode falar em tratamento com florais sem falar da sua filosofia.
“Para compreender a doença, seu objetivo, sua natureza e sua cura, precisamos em parte compreender a razão de nosso ser e as leis de nosso Eu Superior ou Eu Espiritual.”
“… essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico, e que dos dois, o físico é infinitamente menos importante. Sob a orientação do nosso Eu Espiritual, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas; mas, quando há uma união, a vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento.”
“Aprendemos lentamente, uma lição de cada vez, mas precisamos, se quisermos viver bem e felizes, aprender especialmente aquela lição particular que nos é dada por nosso Eu Espiritual.”
“Não estamos todos aprendendo a mesma lição ao mesmo tempo. Um está dominando o orgulho; outro o medo; outro o ódio e assim por diante, mas o fator essencial para a saúde é que aprendamos a lição que nos foi destinada.”
“O que importa, qualquer que seja nosso estágio, é que vivamos em harmonia com os ditames da nossa alma. Quer seja para alcançar posição e riqueza ou para viver a vida sacrificada de um mártir, a saúde depende da obediência aos mandamentos interiores e do estar de acordo com o nosso próprio Eu Espiritual.”
“A doença é o resultado de um conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer os ditames da alma e há desarmonia entre o Eu Espiritual ou Superior e a personalidade, que é o que pensamos ser tudo o que somos.”
“Durante a nossa jornada, há vários estágios. Para transmutar o ego em ausência de ego, o desejo em ausência de desejo e a separação em unidade, e é preciso uma evolução constante e gradual em que precisamos dominar cada estágio à medida que progredimos. Alguns estágios podem ser comparativamente fáceis, outros excessivamente difíceis e é então, quando a doença geralmente ocorre, porque nessas horas fracassamos em seguir nosso Eu Espiritual ou Superior, surgindo o conflito que produz a doença.”
“A doença então, serve para nos fazer parar de praticar ações erradas; é o método mais eficaz para harmonizar nossa personalidade com nossa Alma. Se não fosse a dor, como poderíamos saber realmente que a crueldade fere? Se não tivéssemos tido qualquer perda, como poderíamos compreender o sofrimento causado pela falta? E assim a doença nos é enviada para acelerar a nossa evolução. “
“Embora possa parecer cruel de nosso ponto de vista estreito, (a doença) é na realidade de natureza benéfica. … o método adotado pela nossa própria alma para nos trazer ao caminho da compreensão.”
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